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segunda-feira, 16 de julho de 2012

Promessas indevidas em momento oportuno = promessas

Ribeirão Preto continua oferecendo promessas para a Mobilidade Urbana. A licitação do transporte público saiu, foi definida e começa, provavelmente, a partir de 2013. Será que temos que esperar pelo fim de um contrato licitatório inexistente ou no projeto de licitação estava dada a data de início, a partir do dia tal as operadoras começam a funcionar na nova licitação? Especulações. Especulações.

O Plano de Mobilidade Urbana continua sem debate, e não me refiro aqui, apenas, por audiências. Isso nem vai existir. E se existiu, foi mascarado pela audiência para a nova licitação do transporte público. Mas, tudo bem. Fica para o próximo...

Só não podemos deixar de notar, já que é época de eleição municipal, as promessas indevidas em momento oportuno. Vai ter de tudo um pouco, porém vamos ver nas promessas o que se tem para a mobilidade urbana de Ribeirão Preto, se é que os nossos candidatos entendem o que é mobilidade.

Ações para o círculo vicioso: “Cem mil estudantes vão deixar de pagar ônibus a partir de 2012” – uma ação (promessa) sem respaldo de outras ações. Como os pais desses cidadãos não gastarão mais com o transporte público, então vão juntar grana para comprar veículos ou outra coisa. Ou seja, não vale de nada dar cotas, bolsas e passe-livre, se não tiver ações que garantam prestigio para essas doações. Veja, a função do executivo é trabalhar com a questão: como melhorar o transporte público? Como atrair aquelas pessoas já motorizadas para o transporte público? E como melhorar o transporte público? E como melhorar o transporte público? E como melhorar o transporte público? Mais uma empresa, mais linhas, terminal bonito... uhnn... NÃO!

O estudante já utiliza o transporte público, portanto, não conseguiu dar uma resposta a questão acima. De repente, o transporte público poderia ser gratuito (ou mais barato) para todos e isso sim seria vantagem em relação ao uso dos demais veículos motorizados. Mas, não. Isso não é possível. E os estudantes não vão lutar para isso, pois não se quer uma mudança de paradigma para a mobilidade, mas apenas vantagens para um determinado grupo de pessoas (julgadas a partir do cerne: se não trabalho, não posso pagar pelo transporte público).

Enquanto lutarmos por grupos, não vamos conseguir mudanças eficazes, e não digo isso só para a mobilidade, mas para tudo o resto. Infelizmente o paradigma deve ser quebrado na escola, local, este, falido para essa função.

Então fiquemos com os grupos (infelizmente) – promessa é divida estudantes. Vocês estão utilizando o transporte público de graça em 2012? Olha que em 2013 vocês vão ter, eu prometo. Mesmo que seja verdade estudante, pense, é uma ação que te beneficia agora, mas que não resolve o problema. É só ler novamente os três últimos parágrafos do texto.


http://www.jornalacidade.com.br/editorias/politica/2011/12/15/cem-mil-estudantes-vao-deixar-de-pagar-onibus-a-partir-de-2012.html