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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O que é preciso fazer para melhorar o trânsito?

Nova enquete do blog mobilidadeurbanarp.blogspot.com aborda a questão do trânsito de Ribeirão Preto, SP. Responda quantas vezes quiser e, se sua opção for “Outros”, deixe seu comentário abaixo dessa nota. Aqui, é o momento para você colocar a sua opinião... Não deixe de participar. Espero pelo seu voto!

domingo, 31 de outubro de 2010

Trânsito - sobre as notícias em RP

Ribeirão Preto parece que acordou para o trânsito. Porém, só parece. Ao escolher a política econômica que permite a todos comprar aquilo que é desejado, diante de um transporte público precários, compram-se mais automóveis e motocicletas. Ora, com razão, todos querem mobilidade, precisam se deslocar. Sem uma política de mobilidade o resto é resto. Ou melhor, tudo que se faz, faz para minimizar o problema. Vejamos: a comissão especial de estudo (CEE), presidida pelo Sr. Samuel Zanferdini, na verdade é um estudo para verificar o sistema viário, o que promove o trânsito, mas não é o trânsito. O sistema viário, sabe-se, beneficia o automóvel, o mesmo que, através de seus donos, agora, promove revolta contra os flanelinhas. Ora, os flanelinhas fazem trabalho desonesto, mas também se sabe que do mesmo modo que estes, os automóveis tomaram as ruas. Desse modo, eu não vejo quem tem razão, da mesma maneira que não vejo razão para a regulamentação dos mototaxistas e de se pagar por estudo de mobilidade urbana. Talvez muitos vão ficar bravos ao ler isso, mas estou ajudando-os, principalmente os mototaxistas. Neste jornal ( jornal A Cidade) comparou-se RP com Campinas: que venham os viadutos, vamos beneficiar os automóveis novamente. Muitas pessoas reclamam do trânsito, principalmente os motoristas e então o promotor cai na armadilha. Sugere-se o plano de melhorias de segurança do trânsito. Quem morre no trânsito são os pedestres, assim, a segurança que se fala tem intenção de se evitar colisão e novamente se pensa no motorista. “Prematuro” é ficar discutindo o que se está discutindo em RP sabendo que nada disso resolverá o problema de mobilidade. É preciso mudar muita coisa e a primeira é colocar a cultura do automóvel de lado, porém, para isso, é preciso assegurar o uso dos demais meios de transporte. Mas, quem faz isso?

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Assim caminha a humanidade! Caminha?

Ribeirão Preto, SP, em 2009 contava com 380.945 veículos. Com crescimento de 18.000 veículos, sendo 3.000 por mês, alcançou a marca de 398.527 veículos, até julho de 2010 (jornal A Cidade, 24/10/10; TRANSERP, 2010).

Agora faltam 200.000 veículos para que todos tenham, pelo menos, uma carroça.
Claro que não é tão simples a distribuição, mas queremos chegar nesses números?




Por outro lado, temos 310 ônibus, distribuídos por 84 linhas. Alguém vai de transporte público?



OPS! Não conseguimos carregar. Vá a pé! Risos.

domingo, 5 de setembro de 2010

Ciclofaixa Feliz

Muito boa a iniciativa da Prefeitura de ligar, aos domingos, os parques recreativos do município de Ribeirão Preto, SP, através de uma ciclofaixa. Porém, essa atitude não encoberta a falta de ciclovias e ciclofaixas em todo o município que, nesse momento, só tem uma ciclovia, aquela construída pela USP! O lazer é importante, mas dar condições para que ciclista pedale, não apenas de domingo, seria mais interessante e saída para o problema daqueles que precisam da bicicleta para trabalhar, todos os dias. Assim, a iniciativa é considerada por mim uma “ciclofaixa feliz” já que ela não incentiva o uso desse veículo como meio de transporte, mas sim para a atividade física por meio do lazer (ciclofaixa do lazer). A qualidade de vida é feita quando todos têm a possibilidade de realizar a mobilidade urbana e quando os meios não motorizados e motorizados coletivos são incentivados no município.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A EVOLUÇÃO DOS MENDIGOS NO CAPITALISMO

     Mendigo é aquele que pede esmolas. Qualquer que seja o trocado (dinheiro) ou o que for doado é lucro. Não há uma taxa imposta normalmente, doa-se o que tiver, porque no caso, já está colaborando com o esmoleiro. No complexo mundo moderno mendigar pode ter uma taxa mínima e pode se tornar emprego; reflexo do sistema econômico que exclui as pessoas e que tem como forte aliado a falta de segurança do Estado para com os cidadãos: cria-se a violência.
     O novo emprego de que estou falando é o de “Guardador de Carros” (ou “olhador de veículos”). Este emprego é fruto do sistema que acabo de mencionar no parágrafo acima: a evolução dos mendigos no capitalismo. A falta de segurança e a de impunidade para as pessoas juntamente com a falta de fiscalização pública aos atos ilegais pela cidade gera uma violência psicológica e faz com que você pague pela taxa estipulada pelo esmoleiro.
     O “Guardador de Carros” é uma pessoa que se passa por um mendigo se apropriando do espaço público para “cuidar” de um bem de terceiro sem nenhuma garantia do serviço prestado. Ou seja, paga-se por um serviço que não se tem garantia se o terá, mas paga-se porque sofre de violência psicológica; essa é uma das várias tentativas de definições para tal atividade, a pessoa e o seu emprego de Guardador de Carros.
     Assim, paga-se para olhar de um bem como se esse estivesse em perigo ou provavelmente sofreria algum dano material como se fosse cabível dizer: “eu vou olhar o que eu quiser e você terá que me pagar porque eu estou trabalhando” (como as nossas casas, com os motoqueiros pelos bairros). Logo estarei andando e alguém estará me vigiando: “eu estava te observando e fazendo a sua segurança, então, depois, deixe uma grana pra mim ‘chefe’, quando for embora”.
     Assim, se apropria de espaço público privatizando-o por um período sem ter uma permissão da Administração Pública e sem pagar impostos. Além disso, cobra a taxa que acha conveniente para o evento como, por exemplo, boate R$ 5,00 e futebol R$ 10,00.
     Assim, paga-se o IPVA, o licenciamento, o alarme e o seguro particular para ainda viver na insegurança de ter que se confrontar com um Guardador de Carros que te recebe em um tom ameaçador.
Como a Administração Pública aceita a ilegalidade, nesse caso e em vários outros, então ela deveria pelo menos legalizar essa atividade cadastrando e conhecendo essas pessoas. Pois, como já visto, a maioria tem passagem pela polícia e seria bom para todos que a Administração fizesse um trabalho social, incluindo essas pessoas novamente no mercado de trabalho. Ou outra alternativa também muito interessante é a da Economia do Equilíbrio: regulariza-se o serviço, contrata-se uma pessoa como um “agente da Área Azul” e o coloca para fazer o mesmo serviço do Guardador de Carros, cobrando uma taxa simbólica (aí será preciso colocar policiamento para fazer a segurança de todos e, principalmente, do agente). Essa taxa se reverteria para o salário desse agente, assim, temos algo regularizado, seguro, sem despesas para a Administração Pública. Além disso, como esse trabalho dará mais dinheiro do que o próprio salário fixo do agente, o que sobrar poderia ser revertido para um investimento do emprego e em bonificações aos policiais da base da região, por exemplo, da central.
     Essa é uma discussão que já deveria ter sido feita, mas nos parece que é muito mais interessante pular o carnaval. Está na hora de parar de mostrar a cidade e começar a enxergar a cidade. Já tem muito tempo que Ribeirão Preto vive da propaganda e provavelmente vai continuar, visto o investimento de 5,9 milhões de reais. Comece lutando para abaixar o álcool; reorganizando a cidade para que todos possam se deslocar da maneira que quiser, de forma segura; reorganize os serviços prestados; faça a fiscalização funcionar, comece... e, voltando a temática, para eu assistir a um jogo no estádio do Botafogo preciso ir de carro porque não tem outro jeito de me deslocar até lá e a dor de cabeça já começa com os R$ 10,00 que eu preciso deixar para os “Guardadores de Carro” como se realmente fosse um serviço seguro. Assim, Copa do Mundo só chegaria aqui por pura propaganda, porque infra-estrutura adequada o município não tem para oferecer nem para os seus moradores. São coisas pequenas que fazem falta no nosso dia-a-dia.

André Barioni (texto publicado no jornal Enfoque Ribeirão, fevereiro de 2010).

sexta-feira, 30 de julho de 2010

TRÂNSITO E MOBILIDADE URBANA EM RIBEIRÃO PRETO

André Barioni*

     O artigo abaixo foi publicado no jornal Enfoque Ribeirão Preto (Julho/2009). No texto, procurei demonstrar na praticidade o que é a Mobilidade Urbana. Leia e faça comentários.
     Falar de trânsito quando todos estão certos de que não tem culpa é algo complicado. O trânsito nada mais é do que a concentração de veículos ou pessoas em um determinado espaço se movimentando. Onde há elevada concentração, damos o nome de congestionamento.
     Para explicar o nosso trânsito, o nosso problema, devemos levar em consideração que Ribeirão Preto possui um dos maiores índices de veículo por habitante. Em 2007, de acordo com a TRANSERP (2008), eram 1,7 pessoas por veículo. Também devemos considerar o preço da tarifa dos ônibus e a sua eficiência para os usuários realizarem seus deslocamentos, ou seja, aquele que pode, busca alternativas diferentes para se deslocar. Mulheres, crianças e idosos são os principais usuários dos ônibus, junto às pessoas que não possuem ainda condições financeiras para sair deste.
     Atualmente há duas linhas de pensamento sobre o trânsito, uma que acredita que este é provocado pela quantidade de veículos em uma cidade, e a outra, que acredita que é pela falta de investimento no transporte público. Uma discussão, que é o que geralmente acontece, não leva a nada, pois as duas linhas estão corretas. Para alguns autores, os problemas de trânsito fazem parte de um círculo vicioso: as pessoas param de usar o transporte público (por motivos óbvios) e isso provoca um aumento de veículos nas vias. Veja, esse aumento não é culpa das pessoas que deixam de usar o transporte público, pois ninguém classifica quem deve usar ou não um tipo de transporte.
     A mobilidade, muito mais do que o simples deslocamento, é a condição geral que o indivíduo tem para realizar esta ação, a disponibilidade de tipos de veículos e a infra-estrutura que existe. Por exemplo, não há infra-estrutura adequada em nossa região Sudeste que nos permita ir a outros lugares que não seja com veículos motorizados. Quem anda de bicicleta na Av. Maurílio Biagi com certeza entende o que estou dizendo. A bicicleta é um meio de transporte e deve ser usada como tal, mas, para isso, nós precisamos de condições.
     Muitas críticas e sugestões são publicadas sem respaldo científico, então, na função de cidadão pesquisador da área, enuncio alguns fatos que aqui ocorrem. Não entendam como provocações, mesmo porque não tenho interesse em discuti-las além dessa coluna.
     Ao pensar em Mobilidade Urbana, começo a refletir sobre as condições gerais do município: 1. Agentes do trânsito (marronzinhos) e radares em horário comercial; isso prova vários interesses, sendo o principal deles a aplicação de multas. Os acidentes mais graves ocorrem à noite e nesse horário não é feito o trabalho, ou seja, os acidentes graves não são prevenidos. Além disso, os agentes não tem o dever apenas de multar, devem educar e organizar o trânsito quando este possui algum problema. Com freqüência vemos pontos congestionados, mas nenhum agente tentando “educar o trânsito”; 2. Pouca eficiência para remover (resolver) um acidente de trânsito do/no trânsito! Essa falta de eficiência provoca congestionamentos, principalmente na área central, onde a infra-estrutura não suporta muitos veículos, por ser uma malha viária antiga, de uma época em que havia menos carros. 3. O shopping é um subcentro privado e pode cobrar pelo estacionamento; mas é um mito dizer que isso ocorre devido à falta de vagas para usuários, sobrecarregando de culpa apenas os funcionários. O fato é que estacionamento é garantia de lucro. Se o shopping tivesse realmente interesse em desocupar vagas, investiria no transporte público da cidade. Isso motivaria muitas pessoas a irem de ônibus por causa do preço do estacionamento, principalmente os funcionários, que gastariam bem menos por não precisarem sustentar veículos particulares. Mas, a parada do ônibus fica longe e é o “transporte público” da cidade, o que já diz tudo!
     Tenho mais alguns fatos para colocar, os quais ficarão para o próximo texto, pois as discussões são mais delicadas.

* Mestrando do Instituto de Geografia/ Laboratório de Trânsito e Transporte - IG/LATRAN - Universidade Federal de Uberlândia - UFU/MG.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

AS IDEIAS DAS PESSOAS DE RIBEIRÃO PRETO-SP, BRASIL PARA O TRANSPORTE PÚBLICO

TRANSPORTE COLETIVO
Vicente Golfeto – para o jornal A Cidade (15/07/2010)

Redigido por: André Barioni

Os transportes coletivos nas cidades atuam sob as formas de monopólio ou de cartel. Este normalmente nasce de um oligopólio que é uma situação de mercado em que existem poucos produtores e/ou vendedores de um serviço ou de uma mercadoria e uma quantidade muito grande de compradores. O oligopólio facilita a formação de cartel que nada mais é do que um acordo entre empresas a fim de eliminar a concorrência, prejudicando o consumidor.

É por isso que, como energia elétrica, derivados energéticos de petróleo – sobretudo gasolina – telefonia, água, dentre outros, são produtos adquiridos mediante tarifa. E não preço. A tarifa é um preço administrado enquanto o preço é resultante da lei da oferta e da procura.

Além da falta de concorrência os transportes coletivos precisam ocupar um local especial nas prioridades da política urbana de trânsito. No caso da tarifa, é preciso que ela seja revogada pelo próprio mercado. Instaurando a concorrência, pluralizando a oferta dos serviços por diversas empresas, os transporte coletivos podem começar a melhorar. Com preços mais módicos.

No amplo e conturbado campo do trânsito, os transporte coletivos precisam ser priorizados. Omnibus, em latim, quer dizer para todos. Um ônibus – fácil ver – transporta muito mais pessoas do que um automóvel, transporte individual. O trânsito é uma instituição democrática. Que é o império da maioria.

Em sendo império da maioria, ônibus – instrumento do transporte coletivo – tem que ter artérias especiais para circular. Aumentaria a velocidade, atenderia mais pessoas e melhoraria o I.P.K que é o índice de passageiro por quilômetro rodado.


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Resposta de André Barioni*

Transporte “Público”

Caro Golfeto, o trânsito não é uma instituição democrática e nem tudo é feito por concorrência. Além disso, sabemos que o mercado é injusto por natureza e não cumpre a lei da oferta e da procura, como você mesmo colocou quando citou o oligopólio, e, depois, se contrariou, quando disse que Ribeirão Preto-SP precisaria ter mais empresas oferecendo o serviço de transporte público. Ora, a consequência disso é o aumento do problema social que já existe com os meios de transporte e a circulação. Mais empresas não garantem qualidade de serviço, veja São Paulo. Mas, continuemos com a tarifa, pois este é o motivo pelo qual escreveu o texto. Os problemas são os círculos viciosos, como o da tarifa: aumenta a tarifa e mais pessoas deixam de usar o transporte público. Como quem deixa de usar são os usuários/trabalhadores (comum – paga toda a tarifa), que podem fazer isso e, que não podem depender da “vontade” do sistema de transporte, faz sem perceber que prejudica ainda mais o sistema. Porém, eles não podem ser responsabilizados. Assim, sobram os idosos (que são isentos da tarifa) e os adolescentes/estudantes (que pagam por meia tarifa). Dessa forma, já que estes não pagam o suficiente para o serviço funcionar, aumenta novamente a passagem e, mais pessoas deixam de utilizar o sistema, gerando, com o tempo, outro círculo vicioso: o do transporte urbano. Estes são os mais graves problemas do transporte público em países em desenvolvimento, os círculos viciosos que acontecem por falta de políticas públicas que não priorizam o transporte público, apesar de vivermos em um país democrático, como você mesmo disse. Veja, os idosos e os estudantes têm esse direito e não estou aqui discutindo isso, porque, se fosse, incluiria os estudantes também como isentos. Além dos círculos viciosos, o transporte público tem outros problemas, como o de não conseguir oferecer serviço eficiente em relação às possibilidades para as pessoas realizarem diversas atividades pelo itinerário, como os outros meios de transporte oferecem. Mas, apesar de ter que melhorar em muitos aspectos, acredito que ele não precise de concorrência e de tarifas diferenciadas, conseguidas com a invasão de mais empresas. De acordo com a Constituição o transporte público é um serviço essencial, público. Então, se o caminho for o do mercado, é preferível fazer como em Nova York, comece a estatizar o transporte público porque o mercado não dá conta, como agora, que é preciso reajustar novamente a tarifa. O correto é o subsídio, e a tarifa ao preço de um real ou menos. Isso incentivaria o seu uso. Ora, e novamente, a Administração Pública, assim espero, não quer piorar o problema social que já existe com a circulação e os meios de transporte, então, esqueça a concorrência e simplesmente assuma que a falha é a gestão pública.

*André Barioni, mestrando em Geografia dos Transportes.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Uma idéia inovadora para melhorar a qualidade do transporte público

Blog do ônibus

Por Mariana Ghirello (ultimainstancia.uol.com.br)

“Uma experiência fantástica”. Essa é a opinião do promotor Saad Mazloum, da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social de São Paulo, sobre o blog criado para apurar se os serviços de transporte público prestados pela SPtrans estão sendo realizados com qualidade.

Idealizador da página na Internet, o promotor explica que ela faz parte do inquérito civil 740/2008 instaurado a partir da reclamação de Moisés Jardim P. de Araújo, que reclamou de apenas uma das linhas da Capital.

“No decorrer da apuração eu percebi que o problema era muito maior, e o corpo de peritos não seria suficiente, por isso blog” disse Mazloum. Para ele, o blog permite a participação da população e torna a investigação mais transparente. “Quando você faz uma reclamação na prefeitura, não é possível saber quantas outras existem. Mas pelo blog você divide isso com todo mundo”, ressalta.

O blog recebe reclamações de intervalos excessivos, superlotação, excesso de velocidade, atrasos e coloca à disposição do usuário informações sobre as partidas e intervalos de todas as linhas que circulam por São Paulo.

O promotor explica que consegue conversar com o usuário de transporte público, e conta que uma cidade do tamanho de São Paulo precisa ter a participação efetiva da população. “Tem gente que acorda às 4h e fica no ponto, anota tudo e me passa pelo blog”, diz.

Mazloum, no entanto, é cuidadoso na publicação das mensagens. “Tem funcionário que aproveita para criticar a empresa”, fato que, segundo ele, poderia fazer com que o blog perdesse o foco.

A iniciativa é pioneira e levanta questões como o uso de depoimentos colhidos na Internet como fundamento de futuras ações. O promotor diz que a investigação poderia ter sido feita por e-mail, mas que não teria o alcance que tem a outra ferramenta. “Se eu for usar algum desses depoimentos, é claro que vou checar a veracidade das informações postadas”, completa.

Para o advogado especialista em crimes virtuais Jair Jaroleto Junior o blog é legítimo, “desde que não desrespeite nenhum direito do investigado”. Segundo o advogado, a Internet pode levantar dúvidas quanto a verdade dessas informações que estão sendo prestadas pelos cidadãos.

Entre e conheça como funciona.



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Como Ribeirão Preto não possui um blog específico como o de São Paulo, você pode enviar suas reclamações para este blog. Aguardo os depoimentos. Vamos ver se um promotor se interesse pelo assunto.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Resultado da Enquete: Qual é a sua avaliação sobre o transporte público por ônibus de Ribeirão Preto-SP?

No nosso blog qualquer pessoa pode sugerir enquetes. A primeira enquete do blog foi feita com a seguinte pergunta “Qual é a sua avaliação sobre o transporte público por ônibus de Ribeirão Preto-SP?”. Durante dez dias em aberto para votação a enquete recebeu seis votos (até 31/03/2010). A quantidade pequena de voto se deve ao oportunismo da divulgação do blog, por e-mail até o momento. O resultado foi que 66% das pessoas que responderam entendem que o transporte público por ônibus em Ribeirão Preto é REGULAR. O que nos chama a atenção é que dentre os cinco juízos críticos disponíveis como resposta o Ótimo e o Bom não foram apontados. Sendo assim, na avaliação das pessoas a tendência das respostas vai para o lado negativo de qualidade do transporte público, recebendo um único voto cada os juízos Ruim e Péssimo (1 voto = 16%).
Participe das enquetes, não deixe de apontar a sua opinião. Faça a sua parte como cidadão.

sábado, 10 de abril de 2010

NOTÍCIAS

- Av. Henri Nestlé será duplicada com verba devolvida pelos vereadores no ano de 2009. Esperamos que o desenho englobe os princípios da política de Mobilidade Urbana Sustentável do Governo Federal e seja reservado espaço para todos, principalmente para o pedestre. A reclamação dos moradores sempre foram voltadas para a situação dos pedestres e ciclistas que passam por perigo diariamente nessa avenida, sem calçada e ciclovia. A parada de ônibus no Parque dos Lagos foi um sacrifício e provavelmente as condições para os outros meios de transporte também será. Pensem bem, será uma via rápida e então é necessário a construção de infra-estrutura viária que dê segurança para quem é pedestre e/ou faz uso da bicicleta.

terça-feira, 23 de março de 2010

DISCUTINDO O LISTÃO DOS MORADORES (parte I)

Uma lista de “idéias” foi feita por 40 moradores na audiência pública restrita da Comissão Especial de Estudos de Trânsito, de Ribeirão Preto-SP. No total foram feitas 58 reivindicações, segundo o jornal A Cidade (12/03/2010).

Dentre as idéias, algumas são reivindicações de problemas localizados que na verdade não podem ser chamadas de idéias porque são reclamações costumeiras de moradores motoristas, na sua maioria. Como exemplo, temos as reivindicações “não deixar os radares sozinhos, os marronzinhos devem trabalhar em dupla”, “buraco, Dino Martinelli X Carvalho Pereira – Simioni” e “Muitos ponto de embarque e desembarque no Centro”. Assim, sobram 45 idéias “efetivas”.

Ao chamar os moradores de motoristas não faço alegremente, pois da premissa que do total das reivindicações 32 são feitas para melhorar o trânsito para o automóvel enquanto que o transporte público se contenta com 13 propostas, consideradas positivas para o trânsito, mas pensando no trânsito para o automóvel e não para o usuário do transporte público. Se fosse para os usuários, as reivindicações cairiam para seis propostas.

Por este motivo, as discussões sobre Mobilidade Urbana não podem ser feitas por moradores. Propostas devem ser apresentadas por especialistas de trânsito e de transporte e, posteriormente, analisadas pelos moradores; E, mesmo assim, haverá conflitos, já que vivemos na “cultura do automóvel”, como demonstrado no parágrafo precedente.

Em entrevista ao Instituto de Mobilidade, em 2007, Paula Teles nos chamou a atenção por nos familiarizar pela mesma situação aqui no nosso município, sobre o planejamento urbano e sobre planejamento de trânsito e transporte feito como um conjunto. A portuguesa diz:

Uma das questões que mais me incomoda, quando me pedem para dar algum contributo para a melhoria da mobilidade de algumas cidades, é quando vejo que não há, propriamente, um problema isolado de tráfego ou mobilidade, mas um problema claro de crescimento urbano completamente desajustado, com total ignorância de infra-estruturas que a cidade poderia aproveitar. Às vezes, digo mesmo que a cidade anda a crescer ao contrário... A ausência da gestão integrada da mobilidade urbana é outra das vertentes do problema. Continuamos a ter as cidades como medidas de tráfego avulso, casuísticas e fragmentadas, sem qualquer noção de globalidade de cidade e dos seus novos desígnios. Costumo dizer que a mobilidade em Portugal ainda é conversa de café, em que, à semelhança do futebol, todos têm opinião e, muitas vezes, com repercussões práticas a este nível (TELES, p.s/n, 2007).

Veja que a sua realidade é Portugal, mas não nos parece comum? Só para reforçar que vivemos uma cultura do automóvel, para os pedestres e os ciclistas foram feitas, juntos, sete reivindicações e para a motocicleta três apenas, considerando a idéia da “campanha para convivência de motos, automóveis e pedestres”, ficando de fora o transporte público a bicicleta e os demais meios que circulam por nossas vias. Além disso, as questões sobre acessibilidade e mobilidade sustentável não foram mencionadas em nenhum ponto das 58 reivindicações.

Outro fato que nos chamou atenção nessa analise geral do listão foi à quantidade de pontos negativos para determinados veículos. “Muito ponto de embarque e desembarque no Centro” é um dos vários exemplos desses pontos. Na verdade a área central do município possui poucas paradas de ônibus, deveria ter mais. A área central é antiga e as vias são estreitas, portanto, não deve ser usado como passagem, cruzamento de um lado para o outro da cidade. É um espaço reservado principalmente para o pedestre, aquele que geralmente utiliza-se do transporte público. Na realidade, países desenvolvidos dificultam os acessos por automóveis nas áreas centrais. “Regras de trânsito e punição para ciclistas, emplacamento e identificação de ciclistas, farol à noite (previsto no CTB – Código de Trânsito Brasileiro, mas aguardando regulamentação)”, como se os ciclistas fossem responsáveis por seus atropelamentos, em uma cidade que não possui ciclovias. Antes de uma cobrança é preciso investir nos ciclistas, permitir que ele faça parte da mobilidade urbana. Este é um ponto preconceituoso que poderia ser trabalhado por todas as vertentes, econômicas, sociais, culturais e da geográfica. Esse ponto demonstra que o trânsito e os acidentes acontecem por culpa dos ciclistas e, então, é preciso tirá-los do caminho dos automóveis.

Desse modo, paramos por aqui. Vou comentar as poucas reivindicações que são mais complexas na parte II porque muitas delas são besteiróis e não servem para melhorar o trânsito e proporcionar mobilidade urbana. Como foi visto, são besteiróis que propiciam o continuo uso desenfreado dos automóveis, modelo que, sabemos ser insustentável porque tem limites, por exemplo, com os congestionamentos. Só falta dizer que os congestionamentos são causados pelos ônibus!? Aí vai virar piada.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Comissão Especial de Estudos do Trânsito: as 58 reivindicações dos 40 participantes da audiência pública


Por meio do jornal A Cidade (12/03/2010), ficamos sabendo, após a audiência pública, que os moradores que ali estiveram produziram uma lista genérica de propostas para o trânsito de Ribeirão Preto; cerca de 40 pessoas participaram da audiência.

Primeiro gostaria de parabenizar o jornal que divulgou a matéria na sessão Política, pois o transporte e o trânsito é, antes de tudo, político. Essa máxima é um dos vários de nossos princípios (que numa nova oportunidade será colocado no blog). Segundo, gostaria de sugerir a Câmara a divulgação dessas audiências, pois queria participar da audiência e para isso preciso ser informado sobre sua existência, como morador de Ribeirão Preto. No site da Câmara Municipal não consta nenhuma Comissão Especial de Estudos do Trânsito. De acordo com o jornal A Cidade, na mesma matéria, o presidente é o senhor Samuel Zanferdini.

O nosso município tem um atraso gritante quando o assunto é a Mobilidade Urbana, comprovado pela presença do COMUR (Conselho Municipal de Urbanismo) em defesa de uma mobilidade melhor para o município. Não desmerecendo esse conselho, mas para um município com mais de 500 mil habitantes é uma obrigação ter um conselho específico para tratar de assuntos sobre o trânsito e o transporte, além de ter que fazer urgentemente o Plano Diretor de Mobilidade (PlanMob), obrigado pelo Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257/01) e enfatizado pelo Ministério das Cidades. De acordo com o IBGE – Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística, o município de Ribeirão Preto possui mais de 500 mil habitantes desde 2001, mesmo ano da aprovação do Estatuto o que significa um atraso de nove anos a partir da publicação da Lei.

Na defesa do transporte público, o senhor Fernando Freire, presidente do COMUR, disse que “quando se fala em trânsito só pensamos em via e automóveis. Nós esquecemos de investir no transporte urbano para que as pessoas tenham prazer em usar os ônibus”. É preciso entender que a Mobilidade Urbana não é feita apenas pela promoção e melhoramento do transporte público; essa é uma das várias alternativa de transporte que a pessoa pode ter para realizar o seu deslocamento, mas também pode usar a bicicleta ou mesmo as pernas, se o desejo é fazer uma caminhada ou atividade física. Assim, é preciso melhorar a infra-estrutura para todos os tipos de veículos, priorizando os mais frágeis, baratos e democráticos. Diante disso, o transporte público deve ser priorizado em relação ao uso dos automóveis, principalmente na área central que possui uma malha viária antiga. E, a prioridade máxima na área central deve ser do pedestre, dificultando a entrada e passagem dos automóveis.

Baseando-me nesse pequeno relato e no conceito de Mobilidade Urbana Sustentável, a partir de agora vou colocar abaixo as 58 reivindicações e posteriormente, em um novo texto, farei críticas como um pesquisador do assunto, classificando-as dentro de temas específicos para não ficar exposto como uma lista genérica.

Lista das reivindicações*
(*o uso da palavra reivindicação é pelo motivo de ora ser propostas, ora reclamações, assim não há uma coerência ou mesmo uma classificação, mais parecendo um “listão” genérico)

- Terminal intermodal de carga
- Ônibus inteligente, prioridade aos usuários vulneráveis
- Trilhos existentes VLT
- Horários de ônibus diferentes durante a semana e final de semana - Corujão da madrugada que cobre 2 linhas também aos finais de semana
- Abrigos de ônibus mais confortáveis
- Manutenção nas vias publicas, recuperação e reparo de buracos
- Ônibus conjugados, bi-articulados
- Ônibus com ar-condicionado
- Prioridade ao usuário humano
- Proibição de estacionamento na faixa de parada de ônibus
- Lombada eletrônica
- Via exclusiva de ônibus
- Faixas na Fiúsa com novos bairros
- Míni-terminal na Mariana Junqueira (CPFL)
- Implantar sistema de semáforo semelhante ao que foi implantado na cidade de Brusque- SC
- Não manutenção nas vias em horário comercial
- Nas principais avenidas colocar placas orientando motociclistas onde podem transitar
- Campanha para convivência de motos, automóveis e pedestres
- Proibir as conversões à esquerda entre a Rua Floriano Peixoto e Visconde de Inhaúma
- Conversão à esquerda nas avenidas - só permitir onde o canteiro central permitir que seja feito o recuo no mínimo de 50 metros
- Semáforo com vermelho geral, com tempo para o pedestre
- Controle das motos, prevenção de acidentes e vítimas
- Implantação de ciclovias
- Linhas grandes circulares, proposta de 93, com folheto em 96: proposta da Transerp
- Ponto de parada do corujão, que não vai até a rodoviária
- Míni-rodoviária Jd. Paulista - local inadequado em uma via de mão única
- Localização inadequada da rodoviária - 2 terminais rodoviários - no local somente suburbanos
- Incluir exigência das normas da ABNT na Licitação do Transporte Coletivo
- Rodízio e fiscalização como solução para o trânsito
- Dados qualitativos já existentes nos B.O’s da PM
- Maior demanda de tempo nas ocorrências devido à nova exigência do Contran para preenchimento de planilha de avarias e danos no veículo
- Políticas de trânsito e transporte são específicas e não estão incluídas diretamente na discussão do plano diretor - que é genérico
- Colocar em cada semáforo um número para identificação para informar eventuais defeitos, acidentes etc..
-  Secretaria de transportes
- Mapeamento de pontos críticos de travessia para pedestres
- Travessia de pedestres na rotatória Castelo Branco x 13 de Maio
- Regras de trânsito e punição para ciclistas, emplacamento e identificação de ciclistas, farol à noite (previsto no CTB, mas aguardando regulamentação).
- Semáforo com botoeira e melhorias em frente ao Centro Cultural dos Campos Elíseos, Cap.Salomão , antiga Coonai - 1000 crianças
- Buraco, Dino Martinelli x Carvalho Pereira - Simioni
- Divulgar número com três dígitos para avisar a Transerp sobre buracos nas ruas
- Abertura da Rua Rio Verde e Rio Maroni no bairro Presidente Dutra com a Lafayete Costa Couto interrompidas pela linha de trem, facilitará o acesso à Via Norte
- Não deixar os radares sozinhos, os marronzinhos devem trabalhar em dupla
- Aumento de passagem de ônibus rodoviários pela Rua Florêncio de Abreu, principalmente advindos de São Carlos e Araraquara, da Viação Cruz e outros
- Ônibus de estudantes de outras cidades que circulam pelo Centro para deixar estudantes
- Rua São Sebastião no trecho Visconde de Inhaúma e Álvares Cabral - tirar estacionamento de um dos lados
- Muitos pontos de embarque e desembarque no Centro
- Autorização de estacionamento somente de um lado da via pública
- Não permitir estacionamento onde a via pública é pequena
- Vedar estacionamento 20 metros antes e 20 metros depois das paradas de ônibus para fluir o trânsito
- Aumentar a frota de coletivo e melhorar a qualidade
- Sincronizar os semáforos - "onda verde"
- Tirar pessoas que abordam motoristas dos semáforos
- Implantar zona azul eletrônica
- Regularizar os rebaixamento de sarjetas - existem quarteirões inteiros com guias rebaixadas
- Sinalizar com placa Pare ou Reduza a Velocidade para quem está na vicinal da Av. Castelo Branco e quem entra na avenida e vice-versa
- Avenida Dom Pedro colocar mureta no meio da avenida
- Proibir estacionamento na Av. Dom Pedro
- Muitos pontos de embarque e desembarque no Centro
- Duplicação da Avenida Caramuru até o anel viário Contorno Sul

segunda-feira, 15 de março de 2010

Questões de Trânsito: vida ou economia?


O artigo abaixo de minha autoria foi publicado no jornal Enfoque Ribeirão Preto (Janeiro/2009). Ele é interessante porque traz uma discussão que nem sempre é feita e/ou percebida pelas pessoas quando estão diante do trânsito: pregam mais pelo aspecto econômico do que pela própria vida. Enquanto a política de trânsito for feita de maneira a permitir uma disputa econômica, ela nunca será vencedora. Ao fazer o seguro para o veículo, no Brasil, a pessoa escolhe o valor de sua vida e, pior, também o da vida de quem cruzar pelo seu caminho. Isso deveria ser proibido, por exemplo, se a política fosse feita para diminuir os acidentes de transito. Na maioria dos textos que serão publicados aqui, o leitor vai perceber que o aspecto econômico será sempre determinante nas decisões tomadas para o trânsito, como, por exemplo, a instalação de radares fixos em Ribeirão Preto-SP.
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O transporte é um serviço indispensável que mesmo gerando todos os problemas encontrados para a saúde pública, o meio ambiente e a economia da sociedade, essa atividade funcionará. Ou seja, o melhor que podemos fazer é encontrar maneiras para minimizar o seu impacto, democratizando-o e respeitando algumas regras convenientes para que as suas conseqüências negativas diminuam. Isso é fácil, desde que as políticas de transporte e trânsito colaborem para a construção de uma Mobilidade Urbana Sustentável, e não se perca para o aspecto econômico.

"O setor vem sendo garantido, em grande parte, pela receita proveniente das multas, o que constitui um grande risco, uma vez que o desejável é um trânsito disciplinado com reduzido número de infrações. Assim, a gestão do sistema trânsito deve se orientar pela independência financeira com relação ao resultado de multas, a partir da constatação de que a arrecadação de tais recursos é variável e desejavelmente decrescente" (Gestão Integrada da Mobilidade Urbana, 2006. p.39).
Assim está escrito na apostila Curso de Capacitação, do Ministério das Cidades,de 2006. A Educação no Trânsito deve existir desde as séries iniciais, onde a criança cria uma consciência do risco que é utilizar de forma errada o veículo, a preocupação em dirigir para você, para os outros e o fundamental, com os outros. Mas isso só é possível quando temos a certeza de que o sistema de trânsito está sendo organizado para ser democrático, não discriminando nenhuma pessoa de praticar a mobilidade.

Em Ribeirão Preto, no final de 2008, foram instalados os primeiros radares fixos do município, na Avenida Maurílio Biaggi. Quantas mortes por motivo de Trânsito já houve nessa localização? Geralmente tem corridas (racha) de madrugada, mas há poucos acidentes e nem são nos locais em que foram instalados os radares. Para que eles servem, então? Provavelmente para as pessoas que chegam à cidade e não se preocupam ou se distraem sobre a velocidade máxima da avenida.

Os radares servem para fazer com que os motoristas reduzam a velocidade do veículo para um mínimo confortável para prevenir acidentes. Ou seja, fazer o condutor prestar atenção para um risco maior à frente. No caso dos radares fixos na nossa cidade, a redução não serve para nada já que antes mesmo do viaduto os veículos já estão numa velocidade muito maior daquela permitida pelo radar e, para como prevenção também não é de utilidade, já que após o viaduto a distância até o semáforo é muito grande. Todos os acidentes que ocorreram no cruzamento com a Avenida Presidente Kennedy, foram provocados por quem corta a Avenida Maurílio Biaggi sem atenção.

Talvez fosse interessante a instalação de radares em outros locais da cidade com o intuito de prevenção e redução de velocidade, obrigando o motorista a prestar atenção sobre um possível perigo; mas, isso seria impossível, pois a empresa (que é mista: pública e privada) que faz a política de Transporte e Trânsito da nossa cidade garante o seu funcionamento com uma receita, financiada, dentre vários meios, sendo uma delas, as multas, indo contra o que o Ministério das Cidades propõe.