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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

NA CONTRAMÃO

Jornal A Cidade - 4 de novembro de 2011 - capa: "Abatidos pelos automóveis: em 24 horas, sete pessoas, entre pedestres e ciclista, foram atropeladas em Ribeirão Preto. A maioria teve ferimentos leves. Uma vítima, atropelada no início da semana, morreu".

Na matéria, segue o de sempre: os ciclistas devem evitar acidentes fazendo isso, aquilo e utilizando tais equipamentos, isso dito por um Técnico da equipe de ciclismo de Ribeirão Preto, responsável pelo projeto da ciclofaixa. Dessas sete pessoas, seis estavam de bicicleta. Ora, não era o momento para dizer sobre a falta de estrutura para a gestão de mobilidade no município e a falta de infraestrutura para os ciclistas, que continuam disputando os mesmos espaços com os veículos motorizados?

Não é fatalidade o caso de Maria Lopes Ribeiro, que morreu quatro dias depois de ser atropelada. A fatalidade nesse caso é traduzida pelos esforços da gestão pública que vem incansavelmente melhorando nossas vias em benefício para uma mobilidade de qualidade para os pedestres e os ciclistas, que não podem disputar os mesmos espaços com os veículos motorizados - autorizados a saírem de suas casas, por enquanto, apenas aos domingos de manhã. Isso é fatalidade: gestão pública. De a honra de pelo menos a Sra. Maria descansar em paz, sabendo que sua vida foi o custo da ineficiência de outrem.

Contudo, na contramão dos investimentos em benefício à mobilidade dos pedestres e ciclistas de Ribeirão Preto, vire a página do jornal e leia "Novo cruzamento será aberto hoje" (vargas X fiúsa - obra foi bancada pela Multiplan e deve melhorar fluxo do trânsito na zona Sul). Multiplan que é responsável pelo Ribeirão Shopping, que exclui os usuários de ônibus (maioria funcionários das lojas) desse mesmo espaço ao não construir um miniterminal eficiente dentro do comércio, no estacionamento, como todos os demais shoppings fazem. Óbvio que é um espaço privado e podem optar pelo que querem, mas a partir do momento em que se quer arrumar vias públicas em benefício próprio, então se faz questionar até que ponto as paradas de ônibus também não precisam de recuperação, embelezamento e eficiência. Mas aí, qual usuário de ônibus vai pagar estacionamento?

Na contramão...

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Pesquisa trava edital para novo transporte (Jornal A Cidade)

Saiu no jornal A Cidade matéria sobre o transporte público e a "futura" licitação - 27 de outubro de 2011 - que diz que o prazo deve ser maior para a elaboração do Edital. Ora, em município que quer aprovar licitação para o sistema de transporte público antes do Plano Diretor de Mobilidade (PlanMob), talvez o problema não seja apenas técnico para finalizar o projeto... O PlanMob_RP deveria nortear esse projeto...


Veja também como está o resultado de enquete que rolou no Facebook sobre a qualidade do transporte público em Ribeirão Preto - http://www.facebook.com/questions/2119018087580/?qa_ref=pt - participe.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Transporte é, antes de tudo, uma atividade política (parte II)

Como tenho alguns anos de vida, como também tem a TRANSERP em Ribeirão Preto, não posso considerar na minha análise e, portanto, na nossa existência, um período de quatro anos, pois pesquisas são feitas em um linear histórico, independentemente do governo que aí está ou passou, que, aliás, posso citar como exemplo para dizer se mudou algo ou não nessa história. Muita coisa mudou, mas esse texto não tem como objetivo mostra essas mudanças, pois elas são estruturais apenas, mas sim, mostrar que o pensamento e a prática sempre foram às mesmas, no sentido de beneficiar o uso do transporte particular em Ribeirão Preto.

Quais são as minhas premissas para tal conclusão?

- A elaboração e aprovação do Plano de Mobilidade Urbana em Ribeirão Preto está atrasada em mais de 10 anos (Estatuto da Cidade – Lei nº 10.257/2001), que considera primordial para isso a quantidade populacional do município; Ou seja, nossos meios legais para cobrar continuam sendo apenas as leis Orgânica do município e o Plano Diretor.
- Lei Orgânica do Município – Art. 163 (III) – prioridade do transporte coletivo sobre o transporte individual, garantida, entre outras medidas, por faixas exclusivas ou preferenciais de tráfego nas vias públicas. Onde estão as faixas?
- Lei Orgânica do Município – Art. 163 (VI) – fixação de tarifas que leve em conta a qualidade, eficiência e eficácia do serviço prestado, o poder aquisitivo da população, a justa remuneração e a expansão dos serviços; Onde está à pesquisa que mostra o poder aquisitivo da população em geral e do usuário de ônibus em particular? Se vivemos no país que tem uma das piores desigualdades do mundo, então temos que considerar o poder aquisitivo das pessoas segregadamente. Quem são os usuários de ônibus no Brasil e em Ribeirão Preto? – Sou contra isso, acredito que no planejamento urbano do município, esse deveria ter como objetivo o transporte público acima de qualquer outro meio de transporte e, com isso, obrigar o seu uso, com restrições ao uso dos veículos particulares, como em vários países da Europa. O transporte público tem que oferecer qualidade e permitir o uso por todos. Não é o que acontece hoje, principalmente por excluir várias pessoas devido o preço da tarifa do transporte público (R$ 2,60 e R$ 2,80 – esse é o aumento mais alto desde 2004, quando também, no início de 2005, o reajuste foi de R$0,20 - porque não teve reajuste em 2004, promessa de eleição, e teve que suprir esse ano em 2005, com reajuste maior).
- A TRANSURB reconhece que vem perdendo usuários a mais de 10 anos (A Cidade, 1 de junho de 2011, p.A5);

- O Governo Federal, apesar de investir em projeto de Mobilidade Urbana, também promove facilidade para a compra de veículos particulares – como a redução de impostos no período da crise econômica de 2009-10;

- O responsável pela TRANSERP hoje sabe que o transporte público vem perdendo usuários ao longo desses anos: “O presidente da TRANSERP, William Latuf, disse que a principal causa da defasagem no valor da tarifa é a QUEDA no número de passageiros: 9% nos últimos 12 meses.” (A Cidade, 23 de outubro de 2004). A integração tarifária “temporal” não foi suficiente para atrair novos usuários para o transporte público. Existem outras ações, desde 2004, para conseguir atrair novos usuários, que não seja a resposta a espera por uma nova licitação? A TRANSERP poderia responder já que tem 30 anos nesse processo. Dizer que no mundo todo o transporte público vem perdendo usuários também não é uma resposta adequada, pois mesmo que isso seja uma verdade, existem exemplos de cidades brasileiras que melhoraram muito seus sistemas para continuar atrativo (Curitiba, São Paulo e Uberlândia).

- O Plano Diretor (revisado, de 2003) já dizia o que não estava sendo feito, mesmo sendo lei em Ribeirão Preto (Lei Orgânica) – Art.24 (XIV) – rever o atual modelo de prioridade na circulação que faz com que os custos sociais gerados pelo transporte individual como poluição, CONGESTIONAMENTO e acidentes, sejam injustamente distribuídos, prejudicando a maioria da população. Principalmente os usuários dos ônibus, que são os únicos pagadores pelo sistema de transporte público (perde-se duas vezes, injustamente – proporcionada pela política de transporte equivocada – perde-se por ficar preso no trânsito que não foi o ônibus que criou e paga-se por tarifa mais cara devido o custo maior das empresas para suprir as necessidades causadas por esse trânsito – com mais ônibus, mais combustível, mais...).


Concluindo, o aumento da tarifa hoje não mudará o sistema. Não vai melhorar a qualidade do transporte público, como também não vai melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. É preciso mudar o sistema, mas também é preciso mudar a concepção que temos sobre sistemas de transporte. E isso não será feito enquanto nossos governantes não respeitarem nossas leis, cumprindo-as. A licitação pode melhorar o sistema sim, mas teremos que fiscalizar para saber se realmente vai ser respeitado as leis, principalmente aquelas ligadas a Mobilidade Urbana. Mas eu posso estar enganado, e não saber nada sobre transporte público devido o não conhecimento de um conselho que nem mesmo para a prefeitura e para a TRANSERP ele existe, já que não está no site, entre os conselhos citados e nem na página desse órgão responsável pelo trânsito e Transporte em Ribeirão Preto. A escolha é de vocês.

No próximo texto vou comparar qualidade e preço de tarifa (só com cidade brasileiras) para não dizer que sou injusto. Depois vou citar como funciona o COMTUR (ou COMUTRAM??? Ou... muda conforme a necessidade?) e quais são os membros atuais. Aguardo ainda o CONTRATO (Não vou mandar ofício ou correr atrás, ele tem que estar disponível em algum lugar, pronto para qualquer pessoa consultar – isso é transparência!).

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Transporte é, antes de tudo, uma atividade política.

Não sou político, mas, convenhamos, será preciso trabalhar dessa forma, a mesma do governo atual do município, por meio de assessor, que optou por tentar convencer que o AUMENTO do transporte público não foi um aumento significativo, mas um reajuste firmado em contrato*. Disse no facebook, “um reajuste não é um aumento”.

Ora, em rápida procura pelo Google não encontrei nada em relação a um reajuste para abaixar a tarifa em relação ao preço atual (por exemplo, de R$ 2,40, a tarifa será reajustada para R$2,20), a não ser que se construa um novo sistema ou parte nova em relação à atual e aí sim se estabeleça um preço novo também, o que não significa um reajuste, mas preço adequado para esse novo sistema de transporte (Corredor de Goiana - R$ 1,00). Ou seja, reajuste é um aumento, principalmente por considerar a inflação (meio usado para se referir ao aumento geral dos preços).



* Lei Orgânica do Município de Ribeirão Preto/SP – Art. 162 – Fica assegurada, na forma da lei, a participação organizada da população no planejamento, controle e fiscalização do transporte de passageiros de âmbito municipal, bem como seu acesso às informações sobre o mesmo. Gostaria de receber uma cópia desse contrato que o Ministério Público diz ser ilegal, ficando acordado entre Ministério Público, Administração Pública e permissionárias, plano de melhoria para os cidadãos, realizado pelas permissionárias, em forma de punição (porque é obrigatória as melhorias), até a nova licitação (que se deseja que faça o mais rápido possível, mesmo porque demanda tempo devido a realização de estudos). Mérito do Ministério Público!

Portanto, as melhoras que vem sendo feitas, mesmo que mínimas, são de mérito do Ministério Público, que aceitou o acordo para a não realização da licitação de um dia para o outro. Isso é necessário porque não se pode deixar de oferecer esse serviço essencial para o cidadão, como também é preciso criar um projeto de licitação, o que depende de estudos e, portanto, de tempo (audiência prevista para julho, segundo Sr. Willian Latuf - A Cidade, 30 de Junho de 2011, p.A4).

Veja reportagem do A Cidade (10 de junho de 2009, p.A3) – “Sindicato faz proposta para abafar pedido de licitação: empresas propõem melhorias no sistema para garantir continuidade do contrato, mas Ministério Público quer novo certame”. […] “O Ministério Público Estadual deve priorizar a realização de uma nova licitação para o setor de transporte público”. Mérito do Ministério Público!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Manifestação para o não aumento da passagem do transporte público

Apesar de não ter sido realizada ainda a manifestação contra o aumento da passagem de ônibus em Ribeirão Preto (marcada para o dia 1/8/11), foi sugerida para fazer pelo twitter uma manifestação inicial de apoio a esse evento. No dia 22/7/2011, no horário próximo ao do almoço, várias pessoas publicaram a frase “Sra. @darcy_vera eu NÃO quero que aumente a passagem de ônibus em RP. #TRANSRUB”. Quem tiver interesse em saber mais sobre como foi à manifestação basta entrar no twitter e digitar no campo “busca”: #TRANSURB.

Segundo o pessoal que sugeriu, disse que não se tratava de ataque a alguém, mas de um pedido justo dos cidadãos dessa maravilhosa cidade, que precisam utilizar o transporte público para realizar todos os dias as suas atividades, que, aliás, é quem ampara economicamente essa mesma cidade. Assim, é justo lutar por algo que possivelmente pode acontecer em um futuro próximo, já que se aguarda uma resposta do executivo. Essa seria a resposta para alguns twitteiros que não concordaram com a manifestação, que não devem utilizar esse sistema.

Sabendo que os meios de comunicação da nossa cidade são desleixos para com alguns fatos, ficou provado a necessidade cada vez maior de comunicação pelas redes sociais, que em breve (como já vem acontecendo) divulgará o que ocorre no ciberespaço. Contudo, os jornais publicados ainda são os meios de comunicação da maioria e, por isso, várias pessoas não ficaram sabendo dessa manifestação pelo twitter, principalmente os usuários do transporte público. Apenas o jornal Gazeta Ribeirão publicou uma nota no dia 21/7/2011 sobre tal manifestação, o que já pode ser uma ação comemorável por parte das pessoas que organizaram essas manifestações.

Infelizmente ainda abrimos os jornais pela manhã e lemos a notícia sobre a visita do governador e o seu apreço por um cafezinho, notícia que não acrescenta em nada para as nossas vidas e a nossa cidade. Publicar que a passagem vai aumentar na próxima semana, por exemplo, é um desserviço que os jornais e os meios de comunicação fazem para com os cidadãos que aqui vivem, pois ao negar tal manifestação se coloca na posição de aceitar essa injustiça, que é compartilhada por muito nessa maravilhosa cidade.

O @mobilidaderp apóia essas manifestações porque vê que essa cidade não vem sendo preparada respeitosamente para cumprir uma mobilidade urbana sustentável. Ações negativas para a cidade, em prol ao veículo particular (que envolve vários governos, pois aqui na se discute isso – quem fez algo bom, deveria ter feito – e quem fez algo ruim é porque administra para poucos – lembrando que qualquer governo trabalha para o cidadão – não está fazendo um favor) são feitas ao longo dos anos:

- Arquivamento pela câmara da exigência de uma nova licitação, estando hoje (há 15 anos) o serviço de transporte público ilegal na cidade (a exploração do serviço);

- Fim da operação dos terminais que permitiam a integração físico-tarifária para promover um novo sistema de integração temporal que até hoje é feito de modo injusto, uma vez que nesse sistema, de modo correto, não existe restrição em linhas e espaço; Daria uma nova dinâmica ao sistema de transporte público, principalmente para aqueles que querem fazer atividades rápidas, pois seria vantajoso em relação ao veículo particular.

- Retirada dos cobradores sem prever melhorias para o transporte público (BRT – possui cobradores nas paradas (pontos, ou mini-terminais) para agilizar o embarque e desembarque de passageiros); Mas, para isso, seria necessária a criação de corredores de ônibus;

- Sinalização vertical insuficiente para o pedestre na área central; insuficiente em toda a cidade, para todos os tipos de veículos e pessoas.

- Radares em pontos contraditórios, que não promovem a segurança para os pedestres, por exemplo; e o uso em horários que não possuem acidentes graves. Em compensação, agentes de trânsito trabalham em finais de semana para assegurar o uso confortável de uma pedalada numa bela manhã de domingo, que não promove uma mobilidade sustentável adequada para os ciclistas da cidade, que esse sim, todos os dias precisam enfrentar um trânsito sem contar com mecanismos de segurança na via; Ora, se vai fazer isso, porque não usam os agentes para fazer campanhas educativas no local, com os condutores de veículos particulares, principalmente para respeitar os ciclistas no dia-a-dia?

- Proposta de diminuição de calçada na área central de Ribeirão Preto; calçadas danificadas pela cidade;

- Aprovação de projetos comerciais em locais impróprios, sem considerar pólos geradores de tráfego ou a situação atual do trânsito do local. O que demonstra a falta de integração entre planejamento, transporte e trânsito, sendo que o Planejamento é órgão direto do executivo e o transporte e o trânsito, indireto (TRANSERP). E assim, ciclovias e malha viária fica a cargo direto, do planejamento, enquanto que o transporte público, a sinalização, entre outras coisas, ficam como serviço indireto. Ou seja, são feitas como ações separadas, que deveriam ser feitas como um SISTEMA de circulação;

- Proibição de estacionamento em avenidas como a Franc. Junqueira, sem prever um uso adequado para o transporte público, como dar a esse uma via exclusiva;

- Permitir serviços nas vias em horário comercial, atrapalhando o fluxo não apenas dos veículos particulares, mas principalmente do transporte público que é obrigado a fazer seus itinerários junto com os veículos particulares, atrasando os horários de um veículo que leva 70 pessoas;



Esses são alguns pontos que deveriam ser revistos, discutidos pela sociedade com o executivo, que deveria enviar projetos de leis para a câmara municipal para se resguardar de ações futuras contrárias ao interesse da sociedade. Para os que querem defender o indefensável provando sua falta de ética, fazer o contrário desses pontos acima citados seria uma boa sugestão. Ou seja, já se torna uma sugestão fazer o contrário daquilo que se está sendo apresentado aqui como um equívoco (continuar como está já foi provado que é insustentável – vai esperar virar São Paulo?).

Enganam-se aqueles que acham (como os jornais) que Ribeirão Preto precisa de mais viadutos. Precisa é de uma política séria de Mobilidade Urbana Sustentável, incluindo aí um transporte público eficaz, que preste um serviço para a sociedade e não para o capital, apenas. Mas, também não sei o que pessoas pensam sobre isso e, assim, fiz nova enquete ao lado. Responda a enquete!

terça-feira, 19 de julho de 2011

NÃO ao aumento da passagem de ônibus em RP

Foi criado no facebook um evento para dizer - NÃO ao aumento da passagem de ônibus em RP - http://www.facebook.com/event.php?eid=182501755147809&notif_t=event_inviteesse evento criado por Darlan Nascimento é importante para o município na medida em que não há manifestações desse tipo, aqui, em Ribeirão Preto/SP. Contudo, a população começa a perceber que como cidadão tem direito de participar democraticamente da construção do seu município e dizer, nesse momento, que não quer o aumento da passagem de ônibus. Na verdade, aguarda-se a nova licitação, que deverá constar um preço tarifario. Essa licitação precisa, antes de ser divulgada como efetiva, passar por audiência pública, como combinado nas últimas audiências. (Lembrando que até hoje aguardo o telefonema do Engenheiro da TRANSERP que pegou meu número e disse que entraria em contato comigo – já me tornei mestre e, portanto, defendi minha dissertação, e o mesmo ainda não conseguiu entrar em contato).

Para contribuir com essa manifestação, foi feita a seguinte sugestão: enviar a mensagem abaixo pelo twitter para a sra. Prefeita de Ribeirão Preto.

Sra. @darcy_vera eu NÃO quero que aumente a passagem de ônibus em RP. #TRANSURB.

Vamos participar!!!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Enquete sobre a proibição do estacionamento na Av. Franc. Junqueira

      Com quatro opções de voto, sendo elas: “Ruim para o comércio, bom para o tráfego”, “Seria bom, se uma faixa fosse destinada para o uso exclusivo do transporte público”, “É mais uma ação para incentivar o uso do veículo particular” e “Ação errada, uma vez que é necessário ter estacionamento na via”; a segundo opção teve 77% dos votos (7 votos, dentre os 10). Isso demonstra que, pelos menos para quem vota no blog, a ação de retirar o estacionamento é correta, contudo, poderia destinar uma faixa para o transporte público, que por lei federal é serviço essencial para o município e tem prioridade sobre o veículo particular motorizado.

      Da forma como foi feito é óbvio que a ação incentiva ainda mais o uso dos veículos particulares, como também é óbvio que o comércio teria um prejuízo mínimo. O mais correto, todavia, seria uma discussão em audiência pública e votação pelos populares, o que já deveria ter acontecido há tempos com várias outras ações pertinentes, como também a explanação inicial de uma possível integração entre o planejamento urbano, de trânsito e de transporte (de mobilidade urbana sustentável). A questão é que o Plano Diretor não existe, pois vivemos em uma sociedade que elite e/ou minorias burguesas lutam para que seus interesses se sobreponham aos da coletividade, não é mesmo comerciantes? Por enquanto, o planejamento urbano de Ribeirão Preto é feito apenas para um único interesse: o lucro. Vamos ver qual é a força dos comerciantes... Não somos contra os comerciantes, apenas a favor do coletivo (pois essa bagaça ainda é uma democracia).

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Amigos pelo trânsito

O texto de @wallapazin mostra, mais uma vez, que o público (sociedade) percebe o fracasso de leis e projetos que não revolvem os problemas dessa mesma sociedade, apenas surgem para mascarar a realidade, assim já descoberta por muitos. Primeiro foi publicado texto do Sr. @littlemartim, sobre o uso da bicicleta em Ribeirão Preto, agora, publico o do Sr. @wallapazin, sobre as novas regras para a Lei Seca (leia o texto abaixo). Neste texto, fica nítido que as ações para o trânsito devem ser continuas e objetivas.

Utilizando essa ideia, fiquei pensando nas ações que são feita em Ribeirão Preto: ciclovia na “esquerda”, em horário rígido; aviso diariamente dos locais onde estarão os radares (a Lei obriga o aviso na via, juntamente com a velocidade da via, mas não obriga o aviso diariamente do local, uma vez que já existem placas nas vias, onde os radares podem estar em Ribeirão Preto); Agentes de Trânsito são despreparados para autuar para educar, se é que existe essa etapa no procedimento, já que todos multam (aqui já é uma crítica ao Código Nacional de Trânsito); entre outras coisas que poderiam ser citadas, como a falta de fiscalização na noite, período em que ocorrem os piores acidentes de trânsito. Mas, vamos alterar a Lei Seca e vamos continuar fingindo ou nos enganando em relação ao trânsito.

Novas regras para a Lei Seca

Hoje me deparei com a seguinte postagem feita pelo blogueiro André Barioni em seu twitter, @mobilidaderp: “Novas regras são sugeridas para a lei seca”, onde o foco principal destas novas regras seria o não uso de bafômetros para inspeção de motorista quanto ao consumo de álcool. Podemos causar uma polêmica sobre a tão famosa Lei Seca fazendo-se o uso de uma simples e informal conversa dita por aí, numa mesa de bar:

Amigão 1: Eaí, amigo, tudo bom? Senta aí que a geladinha está chegando!
Amigão 2: Opa, tudo bem cara e você? Pediu bebida já? Que bom! Mas você não está dirigindo?
Amigão 1: Estou sim, mas de boa, a partir dessa hora não costuma-se ver mais blitz policial pela cidade, posso beber tranqüilo e curtir.
Amigão 2: Opa, então demorou! Olha lá, nossa bebida está chegando! Temos muito o que comemorar hoje!
Escutamos essa história em vários bares, restaurantes, boates e casas noturnas pelo nosso país. E não é porque o país tem uma chamada “LEI SECA” que todos os brasileiros a obedecem, principalmente devido a duas tristes realidades do cotidiano: falta de costumes morais (que englobam muitas outras infelicidades brasileiras) e também a falta de segurança pública. Não posso negar e dizer que a lei seca não fez diferença no país, pois isso seria a mesma coisa que dizer que com a entrada do governo Lula o país não progrediu, por mais pouco que tenha progredido ou que os brasileiros tenham notado. Só que um erro é não ter a operação dos policiais durante o ano todo, independente de datas comemorativas ou não. O índice de acidentes de trânsito causados por consumo de bebidas alcoólicas diminuiu principalmente devido a estas operações policiais nos principais feriados nacionais, mas quando nos deparamos com a realidade dos finais de semana, ou mesmo em dias semanais após os famosos Happy Hours, percebemos que o índice de acidentes de trânsito continua estável. Se colocarmos no papel, há bem mais finais de semana durante o ano que feriado prolongado.

Podemos fazer deste assunto um jogo dos 3 erros, procurando saber quais são e onde estão: 1) Falta de conscientização, onde os motoristas (e seus acompanhantes) pensam que uma bebida ou outra não altera o estado sóbrio. Quando se toma uma bebida, tem-se vontade de tomar mais uma, e mais uma, e mais... 2) Realidade do trânsito nos dias atuais não mostrada em cursos de CFC (centro de formação de condutores), onde instruções e vídeos relacionados a acidentes de trânsito devido à embriaguez deveriam ser mostrados para que os futuros motoristas vejam que com muito pouco, já é o suficiente para ocasionar um acidente. 3) Falta de preocupação da segurança pública para com a população, podendo ser melhorado aumentando-se o número de policiais e de blitz responsáveis pela segurança do trânsito, não só desconfiando e parando motocicletas como vemos nos dias atuais, mas também todos os outros veículos. Além do mais, ainda neste erro encaixa-se a falta de blitz noturna, pois é a partir disto que motoristas (e passageiros também) inconscientes pensam que estão livres para beber, porque não serão punidos.

Antes de começar a pensar em mudar regras da famosa Lei Seca, é preciso melhorá-la no seu principal papel, que é a de acabar com a embriaguez de motoristas no trânsito. Só a partir do dia em que realmente a população se der conta que a bebida é de verdade a principal inimiga do volante, é que o número de acidentes de trânsito no quesito “EMBRIAGUEZ” diminuirá. Caso contrário, ainda teremos muitas lágrimas a serem derramadas, por estarmos próximos de pessoas que serão vítimas destes acidentes.

Texto de @wallapazin (twitter)

Enquete: Regulamentação dos “Olhadores de Carro”

Fim da enquete sobre a regulamentação dos “Olhadores de Carros”. Segundo os dados da enquete, as pessoas são contra essa regulamentação.

Em texto aqui publicado já disse que “olhador de carro” é um desserviço para o município, uma vez que a via é publica e já se paga muito caro para a aquisição de veículos no Brasil. Ao olhar só carros, o olhador mostra que é despreparado por não saber nem mesmo o que é veículo, e, quem tem carro, provavelmente vai ter trocado guardado, esse é o lema inconsciente. Além disso, a questão principal é o domínio territorial por essas pessoas despreparadas que não lhe garante a segurança do carro e muito menos das pessoas (os donos dos carros).

Uma alternativa minha, também já publicada, é a expansão do serviço da Área Azul, que não precisa ser fixa, podendo percorrer bares noturnos ou eventos cobrando uma taxa simbólica pelo estacionamento e a segurança. Para isso, os polícias precisam apoiar o serviço. Óbvio que não é só isso, mas só para registrar que alternativa existe e ela não se caracteriza por “regulamentação”, uma vez que o serviço já existe e só é mal organizado e aproveitado para o bem de todos.

Ora, além da falta de noção dos olhadores ao prestar tal desseviço, exigindo algo que não é permitido, ao agredir pessoas ou danificar bens pessoais prova que é um animal. Se tivesse um geógrafo em cada Prefeitura à administração seria melhor, uma vez que geógrafo sabe identificar territórios, marcados legalmente ou não. É preciso administrar e, se olhador de carro não é regulamentado ele não deveria existir. Então, por que existe? Falta de administração e fiscalização.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Você acha que Ribeirão Preto tem infraestrutura de tráfego para o uso da bicicleta (como meio de transporte)?

        Essa foi a pergunta que o André, criador do blog, fez para mim, em nosso primeiro contato pelo twitter (sou o @littlemartim por lá).
        É uma pergunta um tanto complicada, principalmente porque usar a bicicleta como meio de transporte em uma cidade como Ribeirão Preto não exige tão somente a infraestrutura por parte da cidade, mas também uma boa parcela de coragem e experiência por parte do ciclista.
        Sou universitário aqui na cidade e venho de Santa Bárbara d’Oeste, a cerca de 200 km daqui. Trouxe a bicicleta para Ribeirão Preto no ano passado e desde julho ela tem sido meu meio de transporte mais eficiente.
        Sempre usei bastante o transporte público daqui, apenas para ir de casa para faculdade, era apenas uma linha, 206 – Hospital das Clínicas, e nunca tinha tido problemas além dos atrasos. Mas isso é assunto para o André, que discute Mobilidade Urbana com ênfase no transporte público.
        Voltando à questão que me foi lançada, acredito que Ribeirão Preto está muito longe de ser uma cidade amiga da bicicleta em plenitude, e pouco tenho visto de medidas das autoridades para que esse caminho seja diferente. Não vi ciclovias (de verdade), nem bicicletários públicos, nem paraciclos na praça, só para dar alguns exemplos. Também raramente vejo o respeito dos motoristas com os ciclistas que têm coragem de pedalar por aqui. E este é um fator que espanta muita gente que gostaria de usar a bicicleta como seu meio de transporte.
        No ano passado, foi feita uma tentativa de parecer que a cidade se importa com a bicicleta como meio de transporte: a ciclofaixa entre os parques públicos, que funciona apenas nos domingos de manhã (“ciclofaixa de lazer”). Mas o próprio nome já entrega, ela é voltada para quem usa a bicicleta como lazer, não como um substituto dos motorizados. Sendo assim, de nada adianta para melhorar a mobilidade de Ribeirão Preto, quem dirá a mobilidade sustentável...
        Numa próxima oportunidade vou escrever um pouco mais sobre esse assunto, mas já adianto que minha opinião é desfavorável. O único ponto positivo da “ciclofaixa feliz” é incentivar o uso da bicicleta, por mais fraco que seja esse incentivo.

Por Vinicius Martim

terça-feira, 26 de abril de 2011

RESULTADO DAS ENQUETES

Finalizadas duas enquetes. Uma perguntou sobre o maior vilão do trânsito em Ribeirão Preto e, a outra, sobre a escolha a favor ou contra da regulamentação dos mototaxistas.

Sobre a primeira enquete, com 15 votos a empresa TRANSERP liderou como vilã do trânsito de Ribeirão Preto, seguida pelas próprias pessoas (mal educadas, de forma geral), com 10 votos, e o transporte público, com 9 votos. No total, 24 pessoas votaram em uma ou mais alternativas o que representou na soma 52 votos. Nessa enquete, percebeu-se que os pedestres seriam os últimos responsabilizados pelo trânsito na cidade, seguido pelos motoqueiros, os motoristas de automóveis e os marronzinhos (agentes de trânsito). Conclusão, a maior parte das pessoas que responderam não utiliza o transporte público ou pelo menos não o enxerga como um transporte coletivo, necessário, democrático, que desloca mais pessoas e, portanto, tem o direito de estar privilegiado na via. Se ele é visto como um meio de transporte que atrapalha, então há problemas que devem ser resolvidos, como a sua imagem para aqueles que não o utiliza. É como se ele não fizesse parte da cidade, o que é uma visão equivocada das pessoas. Além disso, as pessoas precisam se respeitar no trânsito, uma vez que meios de transportes não são brinquedos e ao se envolver em acidentes deixam as pessoas em estado crítico de saúde, quando não a leva a morte. Ou seja, a TRANSERP precisa trabalhar com campanhas para educar as pessoas e mostrar que o transporte público é essencial para que a cidade funcione. Entendeu-se que as escolhas pelas pessoas mal educadas em segundo e do transporte público em terceiro foi devido à consequência de um trabalho equivocado ou não feito pela TRANSERP.

Sobre a segunda enquete, apenas uma pessoa respondeu ser contra a regulamentação dos mototaxistas, o que revela novamente a visão equivocada das pessoas sobre os meios de transporte, considerando que, a motocicleta é o meio de transporte hoje mais vulnerável a acidentes, e com maiores conseqüências para a vida. A regulamentação pode trazer benefícios para quem usa o serviço, mas ainda é um desserviço, aprovado pelas pessoas (individualistas) e pela Câmara, que representa o povo, que não querem lutar por um transporte público de qualidade, seguro. Ao ser aprovada pela Câmara Municipal, por unanimidade, a Prefeitura se torna, através da TRANSERP, a responsável pela fiscalização das condutas acatadas (que ainda estão em discussão). Foi aprovada a regulamentação, mas ainda não está em vigor, pois é necessário cumprir com as regras (tipo de moto, passagem criminal, anos X de habilitação, entre outras regras ainda questionadas pelos próprios mototaxistas). Que paguem sindicatos e sejam responsáveis pelas vidas, o que até então não eram... Além disso, como profissionais que são, aceitem fazer a redistribuição do espaço e até mesmo a troca de alguns pontos porque agora prestam serviço regulamentado. Outra coisa, o valor a ser pago pela “corrida”, como os dos táxis, precisa ser bandeirado, o que ninguém comentou até agora.

Já que as pessoas aprovam a regulamentação dos mototaxistas, faço uma nova enquete, agora perguntando sobre a regulamentação dos “olhadores de carros”. Você é a favor o contra essa regulamentação? Ela ainda não está em pauta na Câmara Municipal, mas está chegando a hora...

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Conquistas e desejos

Com pouco tempo no ar, tanto o blog (http://mobilidadeurbanarp.blogspot.com/), como o twitter (@mobilidaderp), alcançaram números expressivos, que nos motiva a continuar. A ideia é se tornar um canal aberto para discutir a questão da mobilidade urbana de Ribeirão Preto, SP, canal esse, hoje, não encontrado em nenhum outro local, em âmbito municipal, na nossa região.

O blog alcançou mil (1.000) visitas e é seguido por 14 pessoas. Já teve quatro enquetes, estando essas em uma crescente quando a questão é a participação livre (espontânea). Na última, já finalizada, contou com 24 votos, o que foi expressivo.

Agora, sendo mestre, vou poder escrever ainda mais, colocando as questões de mobilidade urbana em cheque no nosso município. A discussão é fundamental para mudar a concepção que temos sobre o assunto, presa a uma cultura do automóvel, que não permite muitas vezes enxergar além desse próprio automóvel. As críticas são duras, mas é preciso e, juntos, vamos lutar por uma cidade melhor.

Em relação ao twitter, é um canal rápido que permite divulgar informações curtas, necessário no século XXI. Nesse, divulgamos outros canais que também trabalham com a mobilidade urbana pela Brasil e no mundo. Espero contar com a colaboração de todos, umas vez que o twitter já ultrapassou a casa dos 100 seguidores e esperamos, numa próxima oportunidade, ter ainda mais... funcionando como o canal organizado, que permite o contato mais fácil com a Administração Pública do município. Além disso, alguns exemplos nacionais e internacionais mostram que “um furto” é rapidamente solucionado quando há muitos seguidores no twitter, que ao postar informações do veículo, por exemplo, as pessoas olham pela janela a procura desse. Usa-se também como um canal que indica congestionamento e acidentes, para evitar ou ser rapidamente socorrido, respectivamente.

Entre, vote, aqui, você pode! – canal aberto - http://mobilidadeurbanarp.blogspot.com/

Abraços, André Barioni

domingo, 3 de abril de 2011

Estacionamento exclusivo para clientes do Banco do Brasil


Educação ou falta de fiscalização e punição? Os estacionamentos dos Bancos nos finais de semana em Ribeirão Preto são privatizados por churrascarias e outros tipos de comércio. O problema é que os clientes do Banco não foram comunicados sobre essa atitude, como também o próprio banco. Onde estariam os Agentes de Trânsito em um domingo tranquilo? Só para ficar claro, multas como essas é que podem educar as pessoas... multar o estabelecimento!!!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Regulamentação dos mototaxistas de RP

Ontem (22/3) foi aprovada por unanimidade a “regulamentação dos mototaxistas” em Ribeirão Preto, pela câmara Municipal (vereadores). Ainda não se sabe o que foi aprovado, uma vez que o projeto do executivo parecia projeto de urgência na câmara. Como não foi discutido com a população, pergunto em nova enquete: “você é a favor ou contra a regulamentação dos mototaxistas?”, mesmo que já tenha sido aprovado, sem o seu consentimento de cidadão.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Área central e acessibilidade

Foto da área central de Ribeirão Preto - 
parada de ônibus dificulta o deslocamento das pessoas (fluxo dos pedestres)

Hoje, 11 de março de 2011, junto com o jornal A Cidade, o Grupo Empresarial do Centro de Ribeirão Preto divulgou um informe publicitário cobrando as autoridades locais à revitalização da área central do município. Segundo o informe, há descaso da Administração Pública para com o centro, bem como muita burocracia e “blá-blá-blá que acabam minando a iniciativa” de revitalização.

Apoiamos a iniciativa do grupo (grupoempresarialdocentrorp@gmail.com). Acreditamos que a revitalização da área central começa pela questão da mobilidade, que é um atributo essencial nessa área, muitas vezes inacessível.

O espaço físico está deteriorado e a segurança é lastimável. É preciso alargar as calçadas, colocar mais bancos (nessas calçadas), investir em nova iluminação e tirar a Área Azul. É preciso criar um estacionamento público, com tarifa baixa, para eliminar todos os demais estacionamentos privados. É preciso expandir a área do calçadão e criar locais apropriados para os eventos. É preciso ter mais eventos, principalmente no período noturno. É preciso ter um terminal de ônibus urbano mais próximo do calçadão, em via exclusiva para ônibus (como um corredor) o que facilitaria o uso do transporte público. É preciso repensar todo o mobiliário urbano. É preciso fazer estacionamentos para os demais meios de transporte – como um bicicletário – e dar condições para que as pessoas possam chegar ao centro de bicicleta.

Resumindo, são ações fáceis, baratas para a Administração Pública, que revitalizaria a área central. Parabéns pela iniciativa do grupo.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Quem é o maior vilão do trânsito em Ribeirão Preto?

Nova enquete pergunta "Quem é o maior vilão do trânsito em Ribeirão Preto?". Não deixe de responder. Lembrando aos desinformados que o transporte público (ônibus) é um serviço público essencial para o deslocamentos das pessoas. Se ele não existir ou se diminuir a sua frota e linhas para melhorar o trânsito na verdade se está pensando em um desserviço para o município, uma vez que os passageiros teram que optar por outros veículos privados, aumentando assim ainda mais a frota de veículos que circulam nas vias públicas. Aguardo pelo seu clique! Não tenha vergonha de colaborar, utilize a internet como uma ferramenta útil.

Dialética da Igualdade e Liberdade

No livro do antropólogo Roberto DaMatta, “Fé em Deus e pé na tábua”, ele mostra como as pessoas agem no trânsito e por que agem assim, desrespeitando as regras. E, para saber mais sobre o livro, o Canal Livre (Bandeirantes - http://maisband.band.com.br/) entrevistou o antropólogo com o objetivo de entender algumas questões simples que permeiam as discussões sobre o trânsito. Segundo ele, nessa entrevista: “o grande problema brasileiro é a educação […] educação para a igualdade”. As pessoas têm que aprender que o motivo não pode ser maior que a regra. “As pessoas acham que o motivo é maior que a regra e, portanto a regra é que se dane (ou seja, a sociedade é que se dane)”. Dessa forma, “é fácil dizer que o trânsito é um problema de saúde pública. O problema do trânsito é político - o trânsito é um problema de você internalizar regras igualitárias para os motoristas, para que eles possam dizer primeiro não para eles mesmos, não adianta colocar o guarda, não adianta fazer sinalização”, as pessoas precisam antes entender que as regras são igualitárias porque o trânsito é coletivo. Aprenda mais assistindo aos vídeos.

Procure os vídeos no site acima, são quatro vídeos com dez minutos cada, aproximadamente.

Costumo dizer que não se deve multar excesso de velocidade durante o dia, quando há vários veículos circulando nas vias, mas sim os “espertos”, que, ao cometer infrações transformam o trânsito em caos. A maioria das multas em Ribeirão Preto é por velocidade (superior ao limite da via, em até 20%). Ou seja, é preciso prestar atenção nos outros, porque a maioria são “espertos” e também na velocidade, porque a política para multar no município foi feita por “espertos”. Assim, é normal, porém proibida a ultrapassagem pela direita. Contudo, eu não conheço uma pessoa que recebeu esse tipo de multa ao trafegar na Avenida Maurílio Biaggi. Como também nunca vi campanhas em shoppings centers e na área central da cidade para o respeito aos pedestres. Quase ninguém pára na faixa para o pedestre, isso dentro de um estabelecimento privado.

Quer mudar o trânsito, EDUQUE O POVO. O que temos hoje é uma nítida arrecadação de dinheiro e isso é provado através dos números. Ora, o número de multas vem aumentando, como também o número de acidentes, principalmente envolvendo motocicletas, que não tem aulas de trânsito. Teoricamente, se multar educa, já não deveria ter diminuído os acidentes e as infrações no município? (Lembrando que aguardo o contato até hoje da TRANSERP, que me prometeu isso em audiência pública – Eita nós!)

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

CONCESSÃO DO SERVIÇO DE TRANSPORTE COLETIVO DE RIB. PRETO

     É importante ter audiências públicas, mas acredito que elas não tinham o objetivo de serem audiências, mas propaganda de um transporte público de qualidade, onde as pessoas reconheceram essa qualidade, que sabemos não existir na prática, pela teoria. Esse é um ponto de vista particular, com caráter científico, sem qualquer tipo de injuria. É preciso respeitar, antes de tudo, o que foi dito e mostrado, como fiz nas audiências. Afinal, a opinião pública foi feita, foi divulgada, contudo sem a averiguação da metodologia, que não foi apresentada em hipótese alguma. Joga-se apenas o resultado.
     Ora, enviei nota para esclarecer contradições. Por um lado quer que acreditemos na pesquisa sobre o transporte público, de opinião pública, por outro, e utilizando a mesma metodologia, não quer que acreditemos na opinião pública quando essa determinou que a rodoviária de Ribeirão Preto é a melhor do país.
     Assim, enviei nota para o jornal A Cidade sobre essa contradição. O jornal disponibiliza espaço para que os leitores possam se expressar, não livremente, mas a partir de uma avaliação do que pode ou não ser publicado. A minha nota intitulada Política de Mobilidade era a seguinte: como pode a Vox Populi (empresa que pesquisou as rodoviárias) estar errada e a Oficina Consultores (empresa que pesquisou o transporte público) estar correta? Talvez o Recruta Zero (03/02/2011) tenha razão quando disse ser preciso definir as coisas; ora, o resultado de uma pesquisa qualitativa depende muito do que se avalia e como se faz as perguntas. Na minha pesquisa (dissertação de mestrado), por exemplo, a tendência é negativa para vários aspectos citados na audiência pública, na última terça-feira, ou seja, o resultado é contrário daquilo que foi exposto, e nem por isso eu fiz alardes. O problema do transporte público de Ribeirão Preto não está nos aspectos qualitativos, de acordo com uma avaliação de qualidade baseada na opinião pública dos usuários, como fiz no meu trabalho, baseado no modelo de Ferraz e Torres (2001). A pesquisa serviu apenas para mostrar que o transporte público precisará melhorar muito para atrair novos usuários, espontaneamente ou forçoso (de forma legal), se precisar. Mas, para isso acontecer, é preciso ter qualidade. O problema é que transporte público é, antes de tudo, uma atividade política - retirado de: mobilidadeurbanarp.blogspot.com – e, assim, também é a mobilidade, uma questão política. Enquanto for discurso, nada será mudado.
     Essa nota não foi publicada e nada foi dito para esclarecer tal atitude do jornal.
     Participei de duas audiências. Nelas, as sugestões foram gerais, simplórias, sem qualquer tipo de classificação para um verdadeiro debate. Debate que não existiu, pois ninguém foi lá com esse interesse, nem a Administração, e muito menos a população. Também, cada audiência durou cerca de três horas, uma de cumprimentos truanescos, uma de apresentação e uma última de leitura das sugestões/reclamações e abertura para opinião (opinião com controle de três minutos para cada pessoa – portanto, duas horas para a Administração e três minutos para o cidadão – audiência “pública”). Quase não tinham moradores usuários do transporte público. Esses estavam representados pelos “políticos de plantão” e representantes de bairros que tem interesse político e, na sua maioria, para a política. Assim, cada um precisava falar, não importa o que for, tem que falar!
     Nessa fala o que se percebeu é que ninguém ali, de fato, entendia de transporte e de trânsito e, dessa forma, a as duas audiências foram tranquilas. Ou seja, podia se falar dos problemas do transporte público, operado pelas permissionárias (como se a TRANSERP não tivesse responsabilidade por elas, por serem empresas privadas), contudo, ao falar da TRANSERP o cidadão era abafado. Qualquer discussão sobre transporte público passa, também, pelo órgão gestor, que tem as suas responsabilidades. Claro que, de fato, é preciso identificar a iniciativa da atual gestão, contudo o cidadão tem o direito de avaliar o órgão na sua história, de quase trinta anos. Nesses trinta anos quase não se mudou o sistema de linhas, apenas alterou-se aspectos exteriores a operação. Não que eles não sejam importantes, mas o sistema de circulação é o que realmente propicia o deslocamento da pessoa e é o que não vem funcionando mais em Ribeirão Preto, já algum tempo. Bilhetagem, abrigos, ônibus adaptados, gerenciamento da frota são ações importantes que melhoram a qualidade do transporte público, mas estão longe de ser ações para a base, o alicerce do transporte público.
     Como pode fazer propaganda de quantidade de ônibus adaptados em audiência pública? A senhora deficiente, coitada, fica sem saber o que dizer (pois, agora, já são 85 ônibus adaptados). Ou adaptasse agora, e aos poucos, ou faz isso com todos depois, e aí o preço é bem mais alto. É Lei Federal – todos os transportes públicos devem estar adaptados até 2014. Não é uma conquista, é uma exigência. Mas como a coitada vai ter argumento se não conhece a lei?
     Por fim, para encerrar esse longo texto, em nenhuma das duas horas foi discutido a questão das letras, por exemplo, evidenciando assim o desconhecimento ou o não uso da integração. Ora, sabemos que a integração de Ribeirão Preto é, no seu todo, errada - mas o usuário não percebe. Ela não é uma integração temporal, mas uma integração limitada a uma única mudança de veículo (transbordo), desde que seja para uma diferente linhas/letra, dentro de duas horas (cotando o tempo da sua primeira viagem, ou seja, você não tem duas horas). Além disso, sabemos que nada do que foi dito vai ser cumprido ou colocado em prática, pois foi contratada uma empresa para fazer um projeto e um edital de licitação. Esse projeto, de técnicos, com base técnica, seguirá aquilo que for melhor para a Prefeitura. E, o que é melhor nesse momento - licitar o transporte público rapidamente. Assim, é a questão econômica que vai estar em discussão.
     Esqueça o Plano de Mobilidade. Ele vai até existir, mas será como o Plano Diretor, plano que não abrange os planos urbanísticos do município, plano tradicional, taxado como desconhecido, ou, conhecido, mais não compreendido. Portanto, ao ser desconhecido não será seguido nas suas orientações pelos próprios servidores públicos.
     Ficou nítido que ainda não se associa trânsito e transporte com planejamento urbano em Ribeirão Preto. E, por esse motivo, não foi dito nada sobre Mobilidade Urbana nesse texto. Porque não foi dito nada nas audiências.

     Agora, aguardo o material mostrado na audiência e o seu relatório final, pedido por duas vezes, através da carta de sugestões. Pergunto: vou conseguir esse material, que é público? Vou esperar. Como estou aguardando um contato da TRANSERP até hoje.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A FAIXA É DO PEDESTRE


Em Ribeirão Preto não é bem assim. Basta sentar em um bar na área central que verá várias infrações. Automóveis parados em locais proibidos e/ou não permitido já se tornou algo normal para os folgados motoristas no município, que não se preocupam com os outros e com a lei. E por que isso acontece? Obviamente porque não há fiscalização para esse tipo de infração. E quando há não se conversa e aplica a multa, apenas deixa um papel preso no vidro do carro e vai embora. Que bela educação. Ops, punição sem sentido. Enquanto aplicar de modo equivocadamente as multas, nunca fará educação – por outro lado, eu não sei se essa é a ideia (como pode um sistema que mata muitas pessoas se basear em: se eu educo, perco dinheiro - arrecadação?).

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Nova enquete - Audiências Públicas da TRANSERP

Com as audiências públicas para a "concessão do serviço de transporte coletivo e Plano de Mobilidade de Ribeirão Preto" em pauta, pergunta-se, aqui, sobre o anseio das pessoas; sobre o que essas gostariam que fosse mudado no sistema de transporte público e na gestão da TRANSERP. Além disso, você pode deixar comentários sobre Mobilidade Sustentável. Não foi colocado opções na enquete porque não se falou nada de Mobilidade nas audiências públicas. A mobilidade não se resume em transporte público. Mas, sabe-se que, por outro lado, é essencial ter um transporte público de qualidade se o objetivo for trabalhar a Mobilidade Sustentável.

Resultado da enquete

O resultado da enquete teve empate entre dois itens sugestivos. Perguntou-se o que era preciso mudar para melhorar o trânsito de Ribeirão Preto, SP? O resultado foi à forma como age a TRANSERP e a Educação para o trânsito. Conclusão: a TRANSERP precisa rever as suas ações, bem como investir mais em educação para o trânsito. Fica aí a dica dos internautas colaboradores do -mobilidadeurbanarp.blogspot.com – mude para melhorar.