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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Manifestação para o não aumento da passagem do transporte público

Apesar de não ter sido realizada ainda a manifestação contra o aumento da passagem de ônibus em Ribeirão Preto (marcada para o dia 1/8/11), foi sugerida para fazer pelo twitter uma manifestação inicial de apoio a esse evento. No dia 22/7/2011, no horário próximo ao do almoço, várias pessoas publicaram a frase “Sra. @darcy_vera eu NÃO quero que aumente a passagem de ônibus em RP. #TRANSRUB”. Quem tiver interesse em saber mais sobre como foi à manifestação basta entrar no twitter e digitar no campo “busca”: #TRANSURB.

Segundo o pessoal que sugeriu, disse que não se tratava de ataque a alguém, mas de um pedido justo dos cidadãos dessa maravilhosa cidade, que precisam utilizar o transporte público para realizar todos os dias as suas atividades, que, aliás, é quem ampara economicamente essa mesma cidade. Assim, é justo lutar por algo que possivelmente pode acontecer em um futuro próximo, já que se aguarda uma resposta do executivo. Essa seria a resposta para alguns twitteiros que não concordaram com a manifestação, que não devem utilizar esse sistema.

Sabendo que os meios de comunicação da nossa cidade são desleixos para com alguns fatos, ficou provado a necessidade cada vez maior de comunicação pelas redes sociais, que em breve (como já vem acontecendo) divulgará o que ocorre no ciberespaço. Contudo, os jornais publicados ainda são os meios de comunicação da maioria e, por isso, várias pessoas não ficaram sabendo dessa manifestação pelo twitter, principalmente os usuários do transporte público. Apenas o jornal Gazeta Ribeirão publicou uma nota no dia 21/7/2011 sobre tal manifestação, o que já pode ser uma ação comemorável por parte das pessoas que organizaram essas manifestações.

Infelizmente ainda abrimos os jornais pela manhã e lemos a notícia sobre a visita do governador e o seu apreço por um cafezinho, notícia que não acrescenta em nada para as nossas vidas e a nossa cidade. Publicar que a passagem vai aumentar na próxima semana, por exemplo, é um desserviço que os jornais e os meios de comunicação fazem para com os cidadãos que aqui vivem, pois ao negar tal manifestação se coloca na posição de aceitar essa injustiça, que é compartilhada por muito nessa maravilhosa cidade.

O @mobilidaderp apóia essas manifestações porque vê que essa cidade não vem sendo preparada respeitosamente para cumprir uma mobilidade urbana sustentável. Ações negativas para a cidade, em prol ao veículo particular (que envolve vários governos, pois aqui na se discute isso – quem fez algo bom, deveria ter feito – e quem fez algo ruim é porque administra para poucos – lembrando que qualquer governo trabalha para o cidadão – não está fazendo um favor) são feitas ao longo dos anos:

- Arquivamento pela câmara da exigência de uma nova licitação, estando hoje (há 15 anos) o serviço de transporte público ilegal na cidade (a exploração do serviço);

- Fim da operação dos terminais que permitiam a integração físico-tarifária para promover um novo sistema de integração temporal que até hoje é feito de modo injusto, uma vez que nesse sistema, de modo correto, não existe restrição em linhas e espaço; Daria uma nova dinâmica ao sistema de transporte público, principalmente para aqueles que querem fazer atividades rápidas, pois seria vantajoso em relação ao veículo particular.

- Retirada dos cobradores sem prever melhorias para o transporte público (BRT – possui cobradores nas paradas (pontos, ou mini-terminais) para agilizar o embarque e desembarque de passageiros); Mas, para isso, seria necessária a criação de corredores de ônibus;

- Sinalização vertical insuficiente para o pedestre na área central; insuficiente em toda a cidade, para todos os tipos de veículos e pessoas.

- Radares em pontos contraditórios, que não promovem a segurança para os pedestres, por exemplo; e o uso em horários que não possuem acidentes graves. Em compensação, agentes de trânsito trabalham em finais de semana para assegurar o uso confortável de uma pedalada numa bela manhã de domingo, que não promove uma mobilidade sustentável adequada para os ciclistas da cidade, que esse sim, todos os dias precisam enfrentar um trânsito sem contar com mecanismos de segurança na via; Ora, se vai fazer isso, porque não usam os agentes para fazer campanhas educativas no local, com os condutores de veículos particulares, principalmente para respeitar os ciclistas no dia-a-dia?

- Proposta de diminuição de calçada na área central de Ribeirão Preto; calçadas danificadas pela cidade;

- Aprovação de projetos comerciais em locais impróprios, sem considerar pólos geradores de tráfego ou a situação atual do trânsito do local. O que demonstra a falta de integração entre planejamento, transporte e trânsito, sendo que o Planejamento é órgão direto do executivo e o transporte e o trânsito, indireto (TRANSERP). E assim, ciclovias e malha viária fica a cargo direto, do planejamento, enquanto que o transporte público, a sinalização, entre outras coisas, ficam como serviço indireto. Ou seja, são feitas como ações separadas, que deveriam ser feitas como um SISTEMA de circulação;

- Proibição de estacionamento em avenidas como a Franc. Junqueira, sem prever um uso adequado para o transporte público, como dar a esse uma via exclusiva;

- Permitir serviços nas vias em horário comercial, atrapalhando o fluxo não apenas dos veículos particulares, mas principalmente do transporte público que é obrigado a fazer seus itinerários junto com os veículos particulares, atrasando os horários de um veículo que leva 70 pessoas;



Esses são alguns pontos que deveriam ser revistos, discutidos pela sociedade com o executivo, que deveria enviar projetos de leis para a câmara municipal para se resguardar de ações futuras contrárias ao interesse da sociedade. Para os que querem defender o indefensável provando sua falta de ética, fazer o contrário desses pontos acima citados seria uma boa sugestão. Ou seja, já se torna uma sugestão fazer o contrário daquilo que se está sendo apresentado aqui como um equívoco (continuar como está já foi provado que é insustentável – vai esperar virar São Paulo?).

Enganam-se aqueles que acham (como os jornais) que Ribeirão Preto precisa de mais viadutos. Precisa é de uma política séria de Mobilidade Urbana Sustentável, incluindo aí um transporte público eficaz, que preste um serviço para a sociedade e não para o capital, apenas. Mas, também não sei o que pessoas pensam sobre isso e, assim, fiz nova enquete ao lado. Responda a enquete!

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