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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Amigos pelo trânsito

O texto de @wallapazin mostra, mais uma vez, que o público (sociedade) percebe o fracasso de leis e projetos que não revolvem os problemas dessa mesma sociedade, apenas surgem para mascarar a realidade, assim já descoberta por muitos. Primeiro foi publicado texto do Sr. @littlemartim, sobre o uso da bicicleta em Ribeirão Preto, agora, publico o do Sr. @wallapazin, sobre as novas regras para a Lei Seca (leia o texto abaixo). Neste texto, fica nítido que as ações para o trânsito devem ser continuas e objetivas.

Utilizando essa ideia, fiquei pensando nas ações que são feita em Ribeirão Preto: ciclovia na “esquerda”, em horário rígido; aviso diariamente dos locais onde estarão os radares (a Lei obriga o aviso na via, juntamente com a velocidade da via, mas não obriga o aviso diariamente do local, uma vez que já existem placas nas vias, onde os radares podem estar em Ribeirão Preto); Agentes de Trânsito são despreparados para autuar para educar, se é que existe essa etapa no procedimento, já que todos multam (aqui já é uma crítica ao Código Nacional de Trânsito); entre outras coisas que poderiam ser citadas, como a falta de fiscalização na noite, período em que ocorrem os piores acidentes de trânsito. Mas, vamos alterar a Lei Seca e vamos continuar fingindo ou nos enganando em relação ao trânsito.

Novas regras para a Lei Seca

Hoje me deparei com a seguinte postagem feita pelo blogueiro André Barioni em seu twitter, @mobilidaderp: “Novas regras são sugeridas para a lei seca”, onde o foco principal destas novas regras seria o não uso de bafômetros para inspeção de motorista quanto ao consumo de álcool. Podemos causar uma polêmica sobre a tão famosa Lei Seca fazendo-se o uso de uma simples e informal conversa dita por aí, numa mesa de bar:

Amigão 1: Eaí, amigo, tudo bom? Senta aí que a geladinha está chegando!
Amigão 2: Opa, tudo bem cara e você? Pediu bebida já? Que bom! Mas você não está dirigindo?
Amigão 1: Estou sim, mas de boa, a partir dessa hora não costuma-se ver mais blitz policial pela cidade, posso beber tranqüilo e curtir.
Amigão 2: Opa, então demorou! Olha lá, nossa bebida está chegando! Temos muito o que comemorar hoje!
Escutamos essa história em vários bares, restaurantes, boates e casas noturnas pelo nosso país. E não é porque o país tem uma chamada “LEI SECA” que todos os brasileiros a obedecem, principalmente devido a duas tristes realidades do cotidiano: falta de costumes morais (que englobam muitas outras infelicidades brasileiras) e também a falta de segurança pública. Não posso negar e dizer que a lei seca não fez diferença no país, pois isso seria a mesma coisa que dizer que com a entrada do governo Lula o país não progrediu, por mais pouco que tenha progredido ou que os brasileiros tenham notado. Só que um erro é não ter a operação dos policiais durante o ano todo, independente de datas comemorativas ou não. O índice de acidentes de trânsito causados por consumo de bebidas alcoólicas diminuiu principalmente devido a estas operações policiais nos principais feriados nacionais, mas quando nos deparamos com a realidade dos finais de semana, ou mesmo em dias semanais após os famosos Happy Hours, percebemos que o índice de acidentes de trânsito continua estável. Se colocarmos no papel, há bem mais finais de semana durante o ano que feriado prolongado.

Podemos fazer deste assunto um jogo dos 3 erros, procurando saber quais são e onde estão: 1) Falta de conscientização, onde os motoristas (e seus acompanhantes) pensam que uma bebida ou outra não altera o estado sóbrio. Quando se toma uma bebida, tem-se vontade de tomar mais uma, e mais uma, e mais... 2) Realidade do trânsito nos dias atuais não mostrada em cursos de CFC (centro de formação de condutores), onde instruções e vídeos relacionados a acidentes de trânsito devido à embriaguez deveriam ser mostrados para que os futuros motoristas vejam que com muito pouco, já é o suficiente para ocasionar um acidente. 3) Falta de preocupação da segurança pública para com a população, podendo ser melhorado aumentando-se o número de policiais e de blitz responsáveis pela segurança do trânsito, não só desconfiando e parando motocicletas como vemos nos dias atuais, mas também todos os outros veículos. Além do mais, ainda neste erro encaixa-se a falta de blitz noturna, pois é a partir disto que motoristas (e passageiros também) inconscientes pensam que estão livres para beber, porque não serão punidos.

Antes de começar a pensar em mudar regras da famosa Lei Seca, é preciso melhorá-la no seu principal papel, que é a de acabar com a embriaguez de motoristas no trânsito. Só a partir do dia em que realmente a população se der conta que a bebida é de verdade a principal inimiga do volante, é que o número de acidentes de trânsito no quesito “EMBRIAGUEZ” diminuirá. Caso contrário, ainda teremos muitas lágrimas a serem derramadas, por estarmos próximos de pessoas que serão vítimas destes acidentes.

Texto de @wallapazin (twitter)

Enquete: Regulamentação dos “Olhadores de Carro”

Fim da enquete sobre a regulamentação dos “Olhadores de Carros”. Segundo os dados da enquete, as pessoas são contra essa regulamentação.

Em texto aqui publicado já disse que “olhador de carro” é um desserviço para o município, uma vez que a via é publica e já se paga muito caro para a aquisição de veículos no Brasil. Ao olhar só carros, o olhador mostra que é despreparado por não saber nem mesmo o que é veículo, e, quem tem carro, provavelmente vai ter trocado guardado, esse é o lema inconsciente. Além disso, a questão principal é o domínio territorial por essas pessoas despreparadas que não lhe garante a segurança do carro e muito menos das pessoas (os donos dos carros).

Uma alternativa minha, também já publicada, é a expansão do serviço da Área Azul, que não precisa ser fixa, podendo percorrer bares noturnos ou eventos cobrando uma taxa simbólica pelo estacionamento e a segurança. Para isso, os polícias precisam apoiar o serviço. Óbvio que não é só isso, mas só para registrar que alternativa existe e ela não se caracteriza por “regulamentação”, uma vez que o serviço já existe e só é mal organizado e aproveitado para o bem de todos.

Ora, além da falta de noção dos olhadores ao prestar tal desseviço, exigindo algo que não é permitido, ao agredir pessoas ou danificar bens pessoais prova que é um animal. Se tivesse um geógrafo em cada Prefeitura à administração seria melhor, uma vez que geógrafo sabe identificar territórios, marcados legalmente ou não. É preciso administrar e, se olhador de carro não é regulamentado ele não deveria existir. Então, por que existe? Falta de administração e fiscalização.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Você acha que Ribeirão Preto tem infraestrutura de tráfego para o uso da bicicleta (como meio de transporte)?

        Essa foi a pergunta que o André, criador do blog, fez para mim, em nosso primeiro contato pelo twitter (sou o @littlemartim por lá).
        É uma pergunta um tanto complicada, principalmente porque usar a bicicleta como meio de transporte em uma cidade como Ribeirão Preto não exige tão somente a infraestrutura por parte da cidade, mas também uma boa parcela de coragem e experiência por parte do ciclista.
        Sou universitário aqui na cidade e venho de Santa Bárbara d’Oeste, a cerca de 200 km daqui. Trouxe a bicicleta para Ribeirão Preto no ano passado e desde julho ela tem sido meu meio de transporte mais eficiente.
        Sempre usei bastante o transporte público daqui, apenas para ir de casa para faculdade, era apenas uma linha, 206 – Hospital das Clínicas, e nunca tinha tido problemas além dos atrasos. Mas isso é assunto para o André, que discute Mobilidade Urbana com ênfase no transporte público.
        Voltando à questão que me foi lançada, acredito que Ribeirão Preto está muito longe de ser uma cidade amiga da bicicleta em plenitude, e pouco tenho visto de medidas das autoridades para que esse caminho seja diferente. Não vi ciclovias (de verdade), nem bicicletários públicos, nem paraciclos na praça, só para dar alguns exemplos. Também raramente vejo o respeito dos motoristas com os ciclistas que têm coragem de pedalar por aqui. E este é um fator que espanta muita gente que gostaria de usar a bicicleta como seu meio de transporte.
        No ano passado, foi feita uma tentativa de parecer que a cidade se importa com a bicicleta como meio de transporte: a ciclofaixa entre os parques públicos, que funciona apenas nos domingos de manhã (“ciclofaixa de lazer”). Mas o próprio nome já entrega, ela é voltada para quem usa a bicicleta como lazer, não como um substituto dos motorizados. Sendo assim, de nada adianta para melhorar a mobilidade de Ribeirão Preto, quem dirá a mobilidade sustentável...
        Numa próxima oportunidade vou escrever um pouco mais sobre esse assunto, mas já adianto que minha opinião é desfavorável. O único ponto positivo da “ciclofaixa feliz” é incentivar o uso da bicicleta, por mais fraco que seja esse incentivo.

Por Vinicius Martim