Custom Search

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Dialética da Igualdade e Liberdade

No livro do antropólogo Roberto DaMatta, “Fé em Deus e pé na tábua”, ele mostra como as pessoas agem no trânsito e por que agem assim, desrespeitando as regras. E, para saber mais sobre o livro, o Canal Livre (Bandeirantes - http://maisband.band.com.br/) entrevistou o antropólogo com o objetivo de entender algumas questões simples que permeiam as discussões sobre o trânsito. Segundo ele, nessa entrevista: “o grande problema brasileiro é a educação […] educação para a igualdade”. As pessoas têm que aprender que o motivo não pode ser maior que a regra. “As pessoas acham que o motivo é maior que a regra e, portanto a regra é que se dane (ou seja, a sociedade é que se dane)”. Dessa forma, “é fácil dizer que o trânsito é um problema de saúde pública. O problema do trânsito é político - o trânsito é um problema de você internalizar regras igualitárias para os motoristas, para que eles possam dizer primeiro não para eles mesmos, não adianta colocar o guarda, não adianta fazer sinalização”, as pessoas precisam antes entender que as regras são igualitárias porque o trânsito é coletivo. Aprenda mais assistindo aos vídeos.

Procure os vídeos no site acima, são quatro vídeos com dez minutos cada, aproximadamente.

Costumo dizer que não se deve multar excesso de velocidade durante o dia, quando há vários veículos circulando nas vias, mas sim os “espertos”, que, ao cometer infrações transformam o trânsito em caos. A maioria das multas em Ribeirão Preto é por velocidade (superior ao limite da via, em até 20%). Ou seja, é preciso prestar atenção nos outros, porque a maioria são “espertos” e também na velocidade, porque a política para multar no município foi feita por “espertos”. Assim, é normal, porém proibida a ultrapassagem pela direita. Contudo, eu não conheço uma pessoa que recebeu esse tipo de multa ao trafegar na Avenida Maurílio Biaggi. Como também nunca vi campanhas em shoppings centers e na área central da cidade para o respeito aos pedestres. Quase ninguém pára na faixa para o pedestre, isso dentro de um estabelecimento privado.

Quer mudar o trânsito, EDUQUE O POVO. O que temos hoje é uma nítida arrecadação de dinheiro e isso é provado através dos números. Ora, o número de multas vem aumentando, como também o número de acidentes, principalmente envolvendo motocicletas, que não tem aulas de trânsito. Teoricamente, se multar educa, já não deveria ter diminuído os acidentes e as infrações no município? (Lembrando que aguardo o contato até hoje da TRANSERP, que me prometeu isso em audiência pública – Eita nós!)

Nenhum comentário:

Postar um comentário